Foto: Alvaro Pegoraro / Folha do Mate.

A importância de combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da Dengue, Chikungunya e Zika, não é um assunto novo, mas sempre requer a atenção e conscientização de toda a população. Em Venâncio Aires, as escolas municipais de ensino fundamental também não abrem mão de fazerem a sua parte. No dia 8 de abril a aula não será na escola. Os alunos irão às ruas e estarão mobilizados durante o Dia D de combate ao mosquito.

De acordo com o secretário de Educação de Venâncio, émerson Eloi Henrique, os alunos, diretores e professores não chegarão a entrar nas residências, e as escolas terão a liberdade de escolherem o turno em que ocorrerá a atividade, bem como, quais turmas farão parte da mobilização.

O secretário explica que desde o primeiro mutirão, ocorrido no bairro Gressler em janeiro, a secretaria de Educação está envolvida com a secretaria da Saúde, assim como outras secretarias. Ele ressalta que a participação das diretoras nos mutirões foi muito efetiva e bem aceita pela comunidade: “Nós começamos a perceber que são pessoas bem-vindas nas famílias. Algumas famílias até prepararam as suas casas e terrenos para receberem a diretora e até ficaram frustradas que as diretoras não entravam na casa para olhar.”

A partir desta resposta da comunidade em relação à participação das diretoras, surgiu a ideia de que os alunos, professores e equipe diretiva, por serem bem-vindos, poderiam causar um impacto positivo de conscientização na comunidade.

CRIATIVIDADEDe acordo com a coordenadora pedagógica do Ensino Fundamental, Andreia Cassuli, escolas tanto do interior quanto da região central, devem se organizar e conversar com o próprio grupo para ver de que forma farão o Dia D. “Nesse dia, todas as escolas vão parar e irão para a rua. Muitas já foram nas casas e conversaram com as famílias mas, desta vez, as escolas terão que fazer algo diferente”, explica.

Cada educandário terá a liberdade de usar a própria criatividade para fazer uma atividade que fique marcada e de fato faça a diferença. “O que cada um vai fazer, fica a critério de cada um. Não é uma aula dentro da sala de aula, mas sim, uma aula diferente”, complementa.

De acordo com o secretário de Educação, utilizar as escolas é uma forma de abranger grande parte do território urbano, porque, em quase todos os bairros, há uma escola municipal. Além disso, ele comenta que ainda existe a possibilidade de se fazer um novo Dia D das escolas municipais em dois meses, caso a mobilização que ocorrer no dia 8 de abril tiver uma boa aceitação. “Tudo depende de como vai evoluir essa conscientização na cidade. Nos parece que é uma questão de conscientização mesmo, porque se cada um fizer a sua parte, é bem fácil de combater na raiz o problema”, comenta.

Trabalhos nas salas de aulaO secretário ressalta que no início de ano letivo das Escolas Municipais de Educação Infantil (Emeis), bem como, das escolas de Ensino Fundamental, foi solicitado que o tema de combate ao mosquito fosse trabalhado no cotidiano dos educandários, a fim de que os professores discutissem quais as doenças que o mosquito transmite e a evolução da transmissão destas através do inseto. “O Governo Federal lançou três sextas-feiras como Dia D da Educação. Como estávamos envolvidos com o mutirão das Secretarias, nós não fizemos o Dia D nas escolas”, justifica.

O secretário explica que além de trabalharem e discutirem o tema nas salas de aula, algumas escolas também já desenvolveram ações. Entre elas, o cuidado necessário na própria instituição de ensino, como fazer a limpeza de brinquedos que possam ser depósitos de água. “Algumas escolas têm hortas suspensas com garrafas pets. Pedimos para que as garrafas fiquem com areia ou sejam ainda furadas para escorrer a água”, acrescenta. Algumas orientações já foram passadas pela Secretaria de Educação, principalmente, às escolas da área urbana, onde a incidência do mosquito tem sido maior.