
O Esporte Clube Guarani está punido pela confusão envolvendo torcedores de Venâncio Aires e do Inter de Santa Maria. A confusão ocorreu no Campeonato Gaúcho da Divisão de Acesso deste ano e reflete na competição de 2016 com a perda de mando de campo por dois jogos. A única torcida organizada do rubro-negro é a Fiel Tribo Guarani e a diretoria optou por esclarecer a participação no caso.
O vice-presidente da torcida organizada e presidente do Conselho Deliberativo entrou em contato com a redação do Jornal Folha do Mate para dar a sua versão do fato. Segundo Guilherme Hautzinger, o tumulto teve a participação de mais pessoas e não apenas integrantes da Fiel Tribo Guarani. “é uma situação lamentável, mas que infelizmente acontece. Nós lamentamos que a briga tenha sido atribuída apenas à Fiel Tribo Guarani. Na súmula do árbitro não há a identificação de torcida organizada, mas sim a colocação simples de torcida. Nós consultamos o vídeo no dia seguinte e são identificadas de 10 a 15 pessoas participando do ato e somente três eram da torcida organizada, o restante eram torcedores comuns”, esclarece.
Para Guilherme, a Fiel Tribo tem uma parcela de culpa pelo fato e atitudes foram tomadas para que o fato não voltasse a ocorrer. “Eu posso assumir uma parcela de culpa, mas não toda ela. Posso assumir a parcela de culpa de que esses três indivíduos participaram apenas daquele jogo, foi o primeiro e único. Nós identificamos os três e excluímos eles da Fiel Tribo. Inclusive, eles nem foram citados na súmula”, afirma.
Reunião com a diretoria
O presidente do Guarani, Maciel Marasca, propôs uma reunião envolvendo a diretoria, conselho deliberativo e os integrantes da Fiel Tribo para debater a situação. O representante da torcida organizada lamentou que o caso foi atribuído ao grupo, mas disse que está aberto para conversas. “Nós estamos abertos a qualquer discussão que favoreça o clube e que torne o Guarani maior, que faça o rubro-negro voltar para a primeira divisão”, explica Guilherme Hautzinger.
A Fiel Tribo nunca vai acabar! Independente de desejo de diretoria. Eles podem parar de dar apoio para fornecer a entrada no estádio em dias de jogos, mas a torcida não vai deixar de ir em um jogo. Não vai mudar nada, com ou sem apoio do clube”, Guilherme Hautzinger.
Ações paralelas
Quando o nome Fiel Tribo é pronunciado o primeiro pensamento que surge é futebol e carnaval, mas Guilherme afirma que a presença da entidade na comunidade é superior. “Quando falam em terminar com a Fiel Tribo é preciso ter muito cuidado. A instituição hoje envolve mais de 300 pessoas na torcida, no carnaval e na ONG Oca da Alegria, que está em fase de criação”, analisa o vice-presidente.
A Fiel Tribo está efetivando a criação da ONG Oca da Alegria. A proposta é promover a integração entre as escolas, o bem estar social para crianças e famílias a partir de cultura, esporte e saúde. Uma sede está sendo viabilizada para receber a estrutura e a primeira ação do grupo está sendo organizada pra o dia 12 de outubro.