Nos bastidores ‘corriam soltos’ os boatos que logo-logo a Taça da Amizade teria seu primeiro protesto em relação a utilização de atleta irregular. O ‘estouro’ se deu na quarta rodada. Terça-feira, 15, o Ouro Verde entrou com um pedido de revisão da situação de dois atletas do Avante. A Liga analisou a situação e diante das provas, aplicou o Ato Administrativo, ou seja, puniu o clube de Linha Andréas com os três pontos ganhos do jogo, além de outros seis conforme manda o regulamento. Tem ainda uma multa de um salário mínimo e a perda de 100 pontos na disciplina.

“Analisamos diante do documento enviado pelo presidente do Ouro Verde, Edson Ricardo Schwendler, a situação dos atletas Silvio Schwerz e Rodrigo Cortes, ambos do Avante. Destes dois atletas não nos foi repassado documento sequer comprovando a moradia atual. As fichas foram aprovadas porque nos foi dito que seriam todos de um mesmo bairro aqui da cidade. Agora ficou comprovado que um é lá de Quarta Linha Nova e outro de Santa Cruz ou Vera Cruz. Assim estes dois atletas fogem daquele ‘eixo’ que o Avante poderia fichar seus atletas que conforme regulamento, seria de Venâncio Aires, Sério ou então Santa Clara. Assim fugiram completamente do eixo que poderiam ingressar com algum reforço ou troca de atletas”, disse na tarde de ontem o presidente da Taça da Amizade, Mário Hochscheidt.Para o responsável da comissão de aprovação de fichas, Jorge Sbruzzi, o regulamento da Taça da Amizade é bem claro. “Em reunião anterior ao começo do campeonato, é definido de que eixo os clubes podem fichar algum atleta, seja reforço ou troca. Partindo disso, alguns clubes são liberados a buscar jogador em outra cidade ou distrito mais próximo. é o caso do Palmeiras com a região de Monte Alverne. O Avante com Sério e Santa Clara. O Santo Antônio com Santa Clara e Mato Leitão. O 25 de Julho com Mato Leitão. O Deodoro com a região próxima a Linha Marmeleiro. Foi um pedido da nossa comissão que fosse apresentada uma documentação – xerox da carteira de identidade e comprovante de residência – dos atletas pretendidos Nenhuma equipe apresentou comprovante de residência. O que nos foi repassado por algumas, foi a cópia de identidade. Muitos alegaram que é muito difícil ou trabalhoso trazer toda a documentação exigida. Todos dirigentes diziam estar cientes que os atletas estavam de forma legal. Em cima disso a comissão liberou então os atletas. Só que o regulamento é claro. Nossa comissão não tem tempo para averiguar a situação de cada atleta, se realmente mora em tal lugar. Foi comprovado que o Avante utilizou dois atletas inscritos foram do eixo que poderia fichar. Sendo assim, se aplica o que diz o regulamento”.