O Palmeiras de Linha Arroio Grande tem um retrospecto de seis decisões da Taça da Amizade, mas nunca conquistou um título da competição. A aposta da diretoria para essa temporada foi na experiência do técnico Hilário Breuning, ex-Ipiranga. Com um histórico de triunfos no certame, o novo integrante da equipe explica que é um processo de reestruturação e organização para o Palmeiras voltar à uma final.

O comandante admite que tinha a intenção de se licenciar por um período, mas os convites dos integrantes da diretoria acabaram fazendo com que mudasse de ideia. “O Ari Weber já vinha há tempo me convidando para participar do Palmeiras, mas eu não estava muito interessado em voltar por um ou dois anos. Com a influência do Chiquinhos, optei por aceitar o convite. Eu sabia que teria muita dificuldade para ajeitar o grupo que estava lá e os poucos reforços que conseguimos”, explica Hilário Breuning.

A reestruturação necessária passa por uma organização maior para os jogos e já está sendo desenvolvida em parceria com a diretoria do Palmeiras. “Nas quatro rodadas que eu trabalhei no Palmeiras eu já notei algumas coisas diferentes, que não se vê em outras equipes. Nós já conversamos e precisamos mudar certas situações. Por exemplo, existem jogos que temos 18 jogadores e em outros contamos com oito. Para uma equipe chegar forte em uma final, ter as vantagens e ser beneficiado pelo fator local, é preciso uma preparação forte desde o início. A diretoria, jogadores e a comissão precisam ter ciência disso”, afirma.

O Palmeiras está na sexta colocação da Taça da Amizade e neste domingo enfrenta o São Luiz, em Linha Arroio Grande. O técnico lamenta que as fichas de reforços tenham sido reprovadas pela diretoria da Taça da Amizade. “A equipe tem muitas carências, mas está fazendo uma campanha para neste primeiro ano chegar na fase semifinal. Na minha ótica, o Palmeiras foi injustiçado por não ganhar reforços. Para ter uma ideia, no segundo quadro só tem 21 atletas fixados. Não passaram os jogadores que eu indiquei por serem considerados muito fortes”, lamenta o técnico.

O comandante salienta que até o momento não há uma grande mobilização de torcedores, mas que em uma partida realizada no sábado já houve um acréscimo nos arredores do gramado. “Essa fase do campeonato não motiva muito o torcedor, vamos ter bons públicos nas fases de mata-mata. Na última rodada, no sábado, contra o Tangerinas, foi o maior número de pessoas. Já fiz a proposta de repetir jogos aos sábados e também para favorecer a Assespe, no Campeonato Regional. Assim o público será distribuído e o time de Grão-Pará vai ter mais jogadores a disposição”, propõem o técnico do Palmeiras.