
Na terça-feira, 13, antes da bola rolar na quadra do Poliesportivo, o presidente da Assoeva/Unisc/ALM, Engelberto Henn, concedeu entrevista onde declarou que se não houver um apoio mais direto por parte da Administração Municipal na segunda metade desta temporada, o clube inclusive ameaça de fechar as portas em 2018.
Ele acredita que Venâncio Aires ainda não está fechada em torno da Assoeva. “Basta ver que em cada esquina está se abrindo outros campeonatos que mais parecem que vem para dividir que para somar. A Assoeva precisa mais do que nunca agora nessa segunda metade do ano um comprometimento por parte da municipalidade sob pena de em 2018 realmente encerrarmos as atividades. Nesse ano assumimos nossos compromissos e vamos honrá-los mas se não tivermos um respaldo do Município, será muito difícil dar continuidade a tudo”, disse o presidente.
Henn comentou ainda que a participação do torcedor na arquibancada também está muito aquém. “A nossa torcida precisa apoiar mais. Temos público em jogos de 200 a 300 pessoas. Assim está difícil de fazer futsal. O torcedor não pode ser Assoeva somente quando ganha. Nas adversidades é que necessitamos o apoio de todos. Se queremos o futsal de Venâncio Aires no topo, é preciso mais apoio e não ficar apenas em meia dúzia de caciques. É preciso de uma aldeia inteira e mobilizada”, enfatiza.Diante do atual momento da equipe que após o empate em 2 a 2 contra a Associação Sobradinho agora está seis jogos sem vencer, Henn ressalta que a aposta do começo do ano será mantida. “Nós apostamos naquilo que começamos nesse ano. Não existe essa possibilidade de troca de comando. O técnico Fernando Malafaia tem todo nosso respaldo. Aqui estamos carentes de recursos e ‘fazendo das tripas coração’. Para que o torcedor saiba, tivemos contra o Atlântico uma receita de R$ 5 mil. Isso paga apenas as despesas do jogo e daí você tem uma folha próxima dos R$ 100 mil/mês com custos de salários, viagens, hospedagem. De onde você vai tirar para cobrir tudo isso ao final de cada mês? Temos aqui apenas meia dúzia de pessoas fanáticas apostando no futsal”, acrescenta o dirigente.
A direção atendeu o pedido por parte de alguns torcedores na redução do valor do ingresso. “Baixamos o ingresso de R$ 15 para R$ 10 e não houve mudança alguma em termos de presença”.
Diante da série que agora é de seis jogos sem vitória, o presidente declarou que a direção teve recentemente uma conversa mais direta com toda a comissão técnica e jogadores. “Conversamos com todo grupo sim. Todos reconheceram que podem render mais. Foi pregado o lema de menos descanso e mais trabalho. Mesmo que na Liga Futsal, por exemplo, apenas uma equipe não irá se classificar, queremos vender uma imagem positiva da Assoeva na primeira fase”, disse.
Henn ainda citou que ninguém gosta de perder e a expectativa é muito grande em relação a alguma conquista até o fim do ano. Quanto ao rendimento, ele não entende o porque de alguns ‘apagões’. “A equipe vem cometendo falhas que estão ‘custando caro’. Contra o Joinville fizemos um primeiro tempo perfeito. No segundo tempo deu uma pane e tudo desandou. Particularmente sou contrário a essa jogada do goleiro-linha. Desde que estou na presidência, nunca resolvemos nada diante dessa tática. Isso até agora apenas ‘estragou’ nosso saldo de gols. Essa má fase vai passar”, completa.