Queremos acolhê-los da forma mais digna possível”
Luciano Marcantônio -Secretário municipal de Direitos Humanos
O Rio Grande do Sul está na expectativa de receber nas próximas horas novos imigrantes vindos pelo Acre. Um primeiro grupo, de 43 haitianos e senegaleses, está – desde a madrugada desta segunda-feira – em Florianópolis. Parte deles, a princípio senegaleses, deverá vir para o Estado e se dirigir ao interior. Conforme a Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social do Estado, eles devem ir para Caxias do Sul e Passo Fundo. Contudo, ainda não há data certa de chegada.
Autoridades chegaram a esperá-los na estação rodoviária na madrugada desta segunda-feira, mas a vinda não se confirmou. Contudo, a Secretaria de Direitos Humanos de Porto Alegre espera para quinta-feira, 28, a chegada de cerca 88 pessoas, divididas em dois ônibus. O secretário municipal de Direitos Humanos, Luciano Marcantônio, disse ter conseguido, junto ao governo do Acre, atrasar a partida dos ônibus com os haitianos para ontem. Assim, segundo ele, será possível organizar uma recepção ao grupo.
Até então, a saída deles estava programa para a última quinta-feira, 21, e eles chegariam no começo desta semana. “Queremos acolhê-los da forma mais digna possível”, disse. Marcantônio informou, porém, que, como a vinda do grupo não foi previamente combinada entre o governo do Acre, o governo federal e o Estado, a estrutura para receber os haitianos em Porto Alegre não será a mais adequada.
Na capital os imigrantes deverão ficar no Centro Humanístico Vida, da Secretaria Estadual do Trabalho, na Avenida Baltazar de Oliveira Garcia, bairro Sarandi, onde foram colocados colchões.
AUXíLIOO secretário de Direitos Humanos da capital lembra que donativos são bem-vindos, principalmente: lençóis, colchões, cobertores e produtos de higiene pessoal. Quem quiser colaborar pode entrar em contato com a secretaria pelo 51 3289-2058. O telefone é o mesmo para quem pretende oferecer emprego aos haitianos. Segundo Luciano Marcantônio, uma empresa de Porto Alegre já sinalizou 50 vagas. “O sonho deles é trabalhar para mandar dinheiro às famílias”, menciona.A Secretaria do Trabalho do Estado monitora a oferta de trabalho para os imigrantes e já acionou as Agências de Trabalho e Emprego em outras cidades.