Estimativas apontam para uma das melhores safras de milho
Clima favorável aliado a chuvas regulares, com presença de sol e temperaturas amenas a noite, a tecnologias de ponta utilizada pelos produtores tais como a adubação base com a aplicação de nitrogênio de cobertura na hora certa, além do plantio mais adensado que proporciona uma população final maior de plantas por hectare. São os principais fatores que fazem o milho ter um excelente desenvolvimento na lavoura e fazem aumentar o otimismo dos produtores para colherem uma safra cheia do cereal.
Caso não ocorram intempéries climáticas até o fim do ciclo, o chefe do escritório municipal da Emater/RS-Ascar e engenheiro agrônomo Vicente Fin, acredita que está será uma das, se não, a maior e melhor safra de milho colhida no município nos últimos dez anos. “Os produtores não escondem a satisfação com o desenvolvimento do cereal na lavoura”, frisa. Ele acrescenta que milho plantado no final de julho e princípio de agosto, estará pronto para a colheita no fim de dezembro e princípio de janeiro próximos.
Com uma lavoura de quatro hectares que está na fase de milho verde, o produtor Giovane Wagner, e seu filho Rodrigo, moradores de Linha Taquari Mirim, vivem esta expectativa e esperam colher em torno de 160 sacos por hectare. O cereal será colhido em forma de grão, onde uma parte servirá para consumo próprio – são consumidos em torno de 150 sacos por ano, e o restante será comercializado, agregando renda à família, que tem no tabaco a atividade principal. Wagner ainda planta dez hectares de milho na safrinha.
Município
Conforme dados fornecidos pelo escritório municipal da Emater/RS-Ascar, no município, o milho é plantado em 18 mil hectares entre safra, intermediário e safrinha e produzido por mais 4,5 mil famílias. Em torno de 72,4 mil toneladas tem como objetivo, a comercialização, pois a capacidade de armazenamento local hoje é de 16,35 mil toneladas.
Atualmente, o município é o quinto no Estado em produção deste cereal, com 91 mil toneladas. Isto promove um retorno financeiro de R$ 32 milhões e o município também é o quarto em área plantada no Rio Grande do Sul, com 18 mil hectares. Deste total, 14 mil hectares são colhidos em forma de grão seco, com uma produtividade média de 6,9 mil quilos por hectare. O destinado para comercialização em forma de espiga verde é produzido em 625 hectares, numa média de 22,5 mil espigas por hectare. O milho para silagem é produzido em 3,6 mil hectares, o que rende mais de 35 toneladas por hectare.