Desde a última sexta-feira, 19, servidores das secretarias de Infraestrutura e Serviços Públicos e do Planejamento, assim como os titulares das pastas, respectivamente Ronald Artus e Telmo Kist, além do prefeito Airton Artus, destinam parte dos seus dias para avaliar ações sugeridas por estudo técnico feito pela RVP Tecnologia em Engenharia, que tem como objetivo elevar a fluidez e garantir mais segurança para o trânsito da região do Centro da Capital Nacional do Chimarrão.
Contratado em julho, o levantamento foi concluído na semana passada e apresentado para o prefeito e chefes de secretarias na sexta-feira, um dia depois do início da Semana Nacional do Trânsito, que se estende até amanhã e, em 2014, trabalha o tema “Década Mundial de Ações para a Segurança do Trânsito – 2011/2020: Cidade para as pessoas: Proteção e Prioridade para Pedestres”. Atendendo ao apelo da campanha, o relatório sugere mais sinaleiras, duas travessias elevadas, faixas de segurança, sinalização, ciclovias e bicicletários, tudo para manter a boa convivência entre motoristas, ciclistas e pedestres.
O resultado do estudo converge para a tendência das vias em sentido único e consequente formação de binários, com circulação alternada das ruas. Um exemplo do que se pretende são as ruas Osvaldo Aranha e Tiradentes: ambas em sentido único, mas com fluxo alternado. O relatório, que é assinado pelo engenheiro Rui Voldinei Pires, mostra também oito pontos nevrálgicos do trânsito em Venâncio Aires, para os quais são propostos semáforos e mudanças de sentido. Para o cruzamento da General Osório e Coronel Agra, por exemplo, o estudo de engenharia de tráfego mostra necessidade de uma mini-rotatória.
SENTIDO úNICO
O estudo técnico sugere sentido único de circulação nas seguintes vias com formação de binários subsequentes:
Rua Senador Pinheiro Machado (da Rua Coronel Agra até a Rua Emílio Selbach)Rua 15 de Novembro (da Rua Emílio Selbach até a Rua Coronel Agra)Rua 13 de Maio (da Rua Coronel Agra até a Rua Emílio Selbach)Rua Duque de Caxias (da Rua Emílio Selbach até a Rua Coronel Agra)Rua Conde D’Eu (da Rua Coronel Agra até a Rua Emílio Selbach)Rua Voluntários da Pátria (da Rua Brígida Fagundes até a Rua Coronel Agra )Rua Barão do Triunfo (da Rua Coronel Agra até a Rua Brígida Fagundes)Rua Jacob Becker (da Rua Brígida Fagundes até a Rua Coronel Agra)Avenida Ruperti Filho (da Rua Armando Ruschel até a Rua 7 de Setembro)Rua Júlio de Castilhos (da Rua 7 de Setembro até a Rua Armando Ruschel)Rua Osvaldo Aranha (da Rua Marechal Floriano até a Rua 7 de Setembro)Rua Tiradentes (da Rua 7 de Setembro até a Rua Marechal Floriano)Rua Visconde do Rio Branco (da Rua Marechal Floriano até a Rua 7 de Setembro)Rua 1º de Março (da Rua 7 de Setembro até a Rua Marechal Floriano)
Júlio de Castilhos é a rua onde mais ocorrem acidentes com gravidade
O levantamento da RVP mapeou também as ruas onde mais ocorrem acidentes graves no município. Conforme o estudo, que tem como base dados de 2013, a Rua Júlio de Castilhos é a que mais serviu de palco para casos “severos”. A pesquisa, que multiplica os acidentes com danos materiais por um; as ocorrências com lesões corporais por quatro; os atropelamentos por seis; e os sinistros com óbito por 13 (quanto mais grave o caso, mais peso para o nível de periculosidade), atribuiu 114 pontos à Júlio. Em todo ano passado, foram 20 acidentes com danos materiais, 22 com lesões corporais e um atropelamento. Nenhuma das 43 ocorrências ao longo da via teve registro de vítimas fatais durante o período.
A Rua Osvaldo Aranha, que atingiu 107 de pontuação (42 acidentes, um deles um atropelamento), é a segunda do ranking. Na terceira posição está a Armando Ruschel, que somou 106 pontos com suas 32 ocorrências. Na sequência, completando as 10 vias de maior incidência, aparecem Voluntários da Pátria, Tiradentes, 15 de Novembro, Barão do Triunfo, Reuperti Filho, General Osório e, ainda, 7 de Setembro. A adoção do sistema binário, sustenta o engenheiro Rui Voldinei Pires, reduzirá o número de acidente. Isso porque, segundo ele, cruzamentos com vias de mão dupla possibilitam até 12 tipos de movimentos e 44 zonas de conflito. As de sentido único derrubam os números para quatro e seis, respectivamente.
Confira a reportagem completa no flip ou edição impressa de 24/09/2014