Preso desde 3 de agosto do ano passado, José Dirceu de Oliveira e Silva, foi condenado a 23 anos e três meses de prisão pelo crimes de corrupção passaiva e ativa, lavagem de dinheiro e
organização criminosa. A pena deverá ser cumprida inicialmente em regime fechado. Dirceu pode recorrer da condenação.
No mês passado, o Ministério Público Federal (MPF) pediu à Justiça Federal do Paraná a condenação do ex-ministro José Dirceu, do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, e de mais 13 réus da ação penal decorrente da 17ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Pixuleco. O pedido foi feito nas alegações finais.
A condenação foi feita pelo juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, que julga casos da Operação Lava-Jato (voltada apra desvios de dinheiro da Petrobras). Dirceu foi preso após a constatação de que havia movimentado dentro da sua empresa JD Consultoria, R$ 71,4 milhões desde 2007, quantia em parte não justificada. Naquele ano, ele havia sido denunciado no processo do mensalão. As movimentações irregulares ocorrem após o ex-ministro ter sido condenado naquele episódio, em 2012, fato ressaltado como grave por Moro.
Em sentença proferida hoje, o juiz Moro afirma que Dirceu usou laranjas para realizar operações ilegais, inclusive após as primeiras fases da operação Lava-Jato. O Ministério Público Federal (MPF) responsabiliza José Dirceu por 31 atos de corrupção passiva entre 2004 e 2011. Foram decretados também o sequestro de imóveis e o bloqueio de contas bancárias dele.