O problema de falta de água nos bairros Cidade Alta e Leopoldina – que formam a conhecida região alta da cidade -, além de loteamentos adjacentes -, já e arrasta há muitos anos e atinge cada vez mais residências. Com a crescente no número de habitantes nessa área, a situação que já era recorrente se tornou crônica.
Em fevereiro, uma audiência no Ministério Público (MP) tratou do tema. Melhorias pontuais foram acertadas, porém não surtiram efeito. Agora os moradores se mobilizam para retomar o movimento que solicita investimentos para um abastecimento regular.
Um novo abaixo-assinado será providenciado e um relatório será produzido pelo grupo afetado para ser encaminhado à Promotoria de Venâncio Aires. “Falta água semanalmente e, principalmente, no fins de semana. Estamos no inverno e o problema continua”, lamenta um dos moradores afetados, Silvio Antonio Haussen.
Outro residente, Eduardo Belchior Heisler, diz que mesmo com caixa de água o abastecimento chega a ser afetado. “São tantas horas sem água que nem mesmo o reservatório aguenta”, afirma. Ele informa que no fim de semana faltou água no sábado e domingo. Nova tubulação ou novas caixas de água são apontadas pelos moradores como possíveis soluções. Eles sugerem várias melhorias, mas “o que não pode acontecer é ficar sem água, uma vez que todos temos nossas contas em dia”, completa Haussen.
O vereador Nelsoir Battisti (PSD) também foi convidado a participar do grupo que busca uma solução para o problema. Ele informa que uma legislação mais pontual é estudada e mesmo a realização de audiência pública também não é descartada.
CORSAN
A Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) foi contatada pela reportagem da Folha do Mate. O gerente Ilmor Dörr informa que melhorias estão em andamento em todo o sistema local e redes novas serão acrescidas. “Poços perfurados, agora estão em fase de testes de qualidade e vazão para posterior montagem. Mandamos fazer um projeto para expansão de energia elétrica para o terceiro recalque”, afirma.
Na semana que vem, diz Dörr, será estruturado o poço artesiano que fica na rua Assis Brasil. “Já estamos com todo material em Venâncio e está agendado com os técnicos para a outra semana. Fim de semana tivemos problema pontual a partir do rompimento de uma adutora de 200 milímetros na região central, na rua Jacob Becker, próximo ao hospital, causando vários problemas na cidade”, completa.
RELEMBRE
Em fevereiro, o assunto foi tema de uma audiência liderada pelo promotor de Justiça Pedro Rui da Fontoura Porto. A reunião contou com a participação do gerente local da Corsan, Ilmor Dörr. Segundo o Termo de Audiência disponibilizado pela Promotoria, a Corsan precisou apresentar cronograma de obras e melhorias para o fornecimento de água naquela região, no prazo de 30 dias.
Como o relatório, na época, foi apresentado, o processo foi arquivado, mas a situação não mudou, atestam os moradores. Em setembro de 2017 já havia ocorrido encontro na Prefeitura, na presença de diversos moradores, prefeito, vereadores e Corsan, buscando soluções para essa demanda, mas as faltas de água continuaram.
