Inaugurado em 23 de novembro de 1983, o terminal rodoviário Alfredo Scherer precisa de melhorias. Adquirido recentemente por um empresário venâncio-airense, o prédio localizado no bairro Cruzeiro e que pertencia à Prefeitura, está alugado. Ele abriga, além da rodoviária, lojas e um bar. A manutenção da área é mantida pelos condôminos e está sob a responsabilidade da empresa que tem a concessão da rodoviária.

Frequentes são as reclamações de usuários. As principais pedem melhorias na iluminação externa e mais segurança. Os denunciantes mencionam que à noite quem desce de um ônibus fica na iminência de marginais. Luminárias queimadas e pouca circulação de pessoas no local são causas apontadas.

A gerente da empresa que detém a concessão da rodoviária explica que já tentou a instalação de uma sala para manter, permanentemente, um brigadiano no local. Disse que chegou a contatar com o Daer, mas a falta de efetivo da Brigada Militar inviabilizou o pedido. “Mas tenho uma equipe de vigilância particular que passa por aqui diariamente”, revela.

Sobre a iluminação externa, junto aos boxes de embarque e desembarque, a gerente cita que aguarda um levantamento de custos para a aquisição de sensores de movimento. Assim, a lâmpada permanece acesa sempre que tiver movimento, evitando gastos desnecessários quando o terminal estiver vazio. A gerente também refere que encaminhou pedido à Prefeitura para que seja feita a poda das árvores existentes ao redor do prédio.

Conforme ela, há necessidade de maiores investimentos. No entanto, o fraco movimento verificado no terminal inviabiliza maiores gastos. Um dos fatores apontados pela gerente é a existência de paradas de ônibus intermunicipais em locais incorretos. Ela cita o vandalismo como outro problema.

Outro ponto negativo é a ação de marginais dentro dos banheiros. Esta semana, um homem foi assaltado quando urinava. A mulher responsável pela faxina da área interna cita que isto não é um fato comum, mas que ocorre no local. A respeito da sua tarefa diária, a mulher de 54 anos garante que é motivo de elogios.

Outra reclamação – e que não procede, é a falta de bancos. “Temos bancos tanto na área interna como nos terminais. O que pode acontecer é faltar local para as pessoas se sentarem em horários de pico”, observa a gerente. A concessão que ela possui com a Daer se encerra no fim de 2014. Mas ela já aguarda o processo licitatório para se manter no setor.

MUITO CARO

Outra reclamação vem dos comerciantes. Donos de estabelecimentos que funcionam no prédio do terminal rodoviário pagam valores exorbitantes para se manter no local. Um deles, que no mês de janeiro desembolsou R$ 478 para manutenção da área e pagamento de água, luz e faxineira, pagou quase quatro vezes a mais no mês seguinte. Foram R$ 1.355 de condomínio. “E não vemos estes valores revertidos em melhorias”, avalia.

Para ele, a falta de segurança e iluminação também prejudicam. Mas o comerciante também cita a existência de paradas de ônibus intermunicipais como outro problema. Pela lei, deveriam ficar a uma distância mínima da rodoviária de 1.500 metros.

Contatado, o Daer disse que a Superintendência de Terminais Rodoviários realizará vistoria na área urbana de Venâncio Aires para verificar as paradas de ônibus intermunicipais. As empresas que estiverem desrespeitando o limite permitido de distância das rodoviárias estarão sujeitas a autuações conforme a legislação.