Da profissão de secretária em consultório médico, há 24 anos, Márcia Schwengber Kirst, a mulher experiente com jeito de menina, não abre mão, aos 55 anos. Mas nem por isso, seus três amores, ficam de lado. O esposo Paulo, companheiro há 32 anos, os filhos Jackson Roberto , 29, e Guilherme Ronaldo, 14, têm o carinho e a dedicação da rainha do lar. Com meiguice, a pisciana, aniversariante do dia 3 de março, não dispensa também a exigência com os homens da casa, nos afazeres domésticos.
“Somos além de família, uma equipe, onde cada um ajuda um pouco. Um lar também precisa ser administrado. Não temos secretária do lar, então somos parceiros, e tenho o maior orgulho por eles ajudarem.” Assim, a mãe, esposa e profissional, se refere à família, que nos fins de semana não dispensa a natureza e os amigos.
A lajeadense que adotou Venâncio Aires, aos 11 anos, junto com os pais Darcilo e Thereza Schwengber (in memoriam), morou no bairro Brígida, quando aqui chegou. E foi ali, ou quase ali, que construiu sua base familiar, onde mora há 30 anos, no triângulo dos bairros, centro, Brígida e Morsch. Ao longo destes anos pôde acompanhar a evolução positiva dos bairros. Na mesma proporção, a consolidação das primeiras amizades, que ela as considera irmãs do coração.
Amor pela profissãoDe fala mansa e atenção própria de uma secretária, Márcia, há quase 12 anos, exerce a função na clínica traumatológica do médico Giuliano Ricardo Chagas Steil. Ela conta do seu orgulho e gratidão à vida familiar e profissional. Para ela, bom humor e discernimento são pontos importantes na função. “Temos várias tarefas e precisamos cumprir com responsabilidade, porém sempre com um sorriso.” Entre as qualidades para exercer a função, destaca a disposição de superar-se a cada dia. A função, para ela, vai muito além de atender telefone, anotar recados, agendar consultas e fazer fichas. “Precisamos ter discernimento, ser muito flexíveis, ter capacidade de ouvir, e manter uma atitude sempre positiva, pois a dor de cada pessoa é única”, acentua. Além dessa dor real, destaca que existe muita dor emocional e que nem sempre é possível atender esse conjunto de necessidades, por conta do tempo.“Nem sempre conseguimos um horário, um encaixe, e isso nos deixa triste também, mas ao mesmo tempo, cada paciente precisa ter o seu tempo de consulta”, contextualiza.
Um passo de cada vez,porém desde cedo
O trabalho chegou na vida de Márcia, um dia após completar 14 anos. Foi na antiga Fumossul, que tudo começou, onde trabalhou por duas safras. Posteriormente, no extinto Curtume Closs, também, adquiriu experiência profissional. No Hospital São Sebastião Mártir, em 1978, exerceu a função de servente. Por sua dedicação às tarefas simples, após três meses, foi conduzida à recepcionista, na Casa de Saúde, da qual guarda boas lembranças e também amizades.Crescimento e aprendizado, também, considera a sua passagem pelo laboratório Gassen. Após esta trajetória, em 1986, dedicou-se ao primeiro filho, por cerca de cinco anos. Depois, em regime de meio turno retornou à ativa, como secretária de consultório médico, porém depois de algum tempo assume em turno integral.
Tecnologia e aperfeiçoamento
Dos fichários e laudos com carbono, no hospital, laboratório e consultório médico, tudo com muito cuidado para não errar, Márcia relembra a máquina elétrica, já com corretor de texto. Para facilitar a vida das secretárias, ela sorri ao lembrar do primeiro computador. “Escrever, corrigir, imprimir, isso foi um salto na tecnologia e fomos nos adaptando. Tudo passa a ser muito fácil.” E para sua alegria, quando voltou às atividades, já estava sendo implantado um programa para consultórios. Preenchimento de fichas, armazenamento de informações, tudo muito ágil e eficiente. Entretanto, para manter-se atualizada, a profissional participa de aperfeiçoamentos, palestras reuniões com secretárias, oferecidos pela Unimed. Neste ano, junto com outras profissionais participou do 1º Simpósio para secretárias. “Um evento muito importante para nós, visando nosso aperfeiçoamento e a valorização como secretária”, acrescenta. Segundo, a profissional, por ora não está em seus planos abandonar o seu público e seus patrões.
Cumprir essa função e manter-se motivada é realmente para quem gosta do que faz, e eu adoro meu trabalho”Márcia Schwengber Kirst – Secretária há 24 anos- consultório médico