Thais Pereira Acosta tem 17 anos e é filha de Mara Rejane Pereira e Flávio Roberto Acosta. Ela mora no bairro Aviação com a mãe e o irmão Thiago. Depois de

Foto: Vanessa Behling / Folha do MateHá cerca de cinco anos, Thais Pereira Acosta faz dança do ventre, pela qual é apaixonada e não pensa abandonar
Há cerca de cinco anos, Thais Pereira Acosta faz dança do ventre, pela qual é apaixonada e não pensa abandonar

cursar e se formar no ensino fundamental na Escola Dois Irmãos, a jovem aguarda desde então por uma vaga para cursar o ensino médio. Mas para não adiar demais o sonho de ingressar e cursar uma faculdade de Medicina, na qual quer se especializar em Pediatria, ela quer iniciar o ensino médio na Educação de Jovens e Adultos (EJA). Paralelo aos estudos, ela nunca deixou de lado sua grande paixão: a dança.

Em meados de 2010 ela começou a frequentar aulas de dança do ventre na escola de dança Raízes árabes. Mas o desejo de conhecer mais e aprender o ritmo iniciou muito antes. “Minha mãe conta que quando passava na tevê a novela ‘O Clone’ eu dançava em cima da mesa de centro da sala. E quando abriu a escola de danças árabes aqui em Venâncio eu tinha curiosidade mas, ao mesmo tempo, medo de não conseguir aprender, de como seria. E um dia tomei coragem e fui. E desde então não parei mais. Fazia muita aula, pesquisava, me apaixonei pelas roupas, e logo aprendi as coreografias.” 

Depois de entrar na escola e aprender a dança, que almejava apresentar na festa de 15 anos, vieram as competições. “No início eu queria apenas aprender uma coreografia para apresentar no meu aniversário, pois queria mostrar algo diferente, para surpreender os convidados. E, logo depois disso, a Kyka, responsável pela escola, me convidou para participar do maior do Festival Internacional de Danças Orientais Belly Tchê, em Canoas.” No evento, eu não entendia o que falavam, eu ficava perdida.” Mesmo assim, a venâncio-airense assegurou o segundo lugar na categoria Juvenil. 

Em seguida, veio a participação no festival Nadima Murad, em Porto Alegre, quando assegurou o primeiro lugar na categoria Juvenil e o melhor figurino do festival. No ano passado participou novamente do Festival Belly Tchê, em Canoas, chegou a final, mas acabou não vencendo. Também já competiu em Jaguarão. “Cada festival que eu fui, foi um aprendizado. Amo estar lá no meio, por mim eu andava de burca, mas as pessoas iriam achar estranho, mas sou apaixonada pela cultura árabe, as comidas, que sempre curto nos festivais, a música que fico ouvindo até mesmo em casa e transformo qualquer música em ritmo árabe. Digo que tenho um pedacinho de lá. Se pudesse iria morar lá, ou pelo menos ir dançar lá, mesmo sem saber falar a língua, é o sonho de toda bailarina.”

Thais é uma apaixonada pelos mais variados ritmos. Em meio as aulas de dança do ventre, ela ainda buscava se aperfeiçoar em dança de salão, ballet. Ela também integra a Invernada Adulta do CPF Terra de Um Povo e é uma sambista de mão cheia. Quando tinha 14 anos foi eleita Mulata Café e passou a integrar a Escola de Samba do Négo, pelo qual desfilou em carnavais. é a atual 1ª Princesa da corte do Carnaval de Venâncio. “A música, a dança me transformam, me deixam com mais atitude, madura.” Atualmente ela também ostenta o título de rainha da União das Associações de moradores de Venâncio (Uamva). Além disso, ela já foi eleita Broto Amizade, no Broto da Sova de 2014,foi finalista do Garota Terra FM e já participou da etapa local do Garota Verão.

A Fenachim

Desde pequena Thais acompanhava a Fenachim. “Com cinco a seis anos eu já falava que queria ser uma soberana da Fenachim. Minha mãe conta que eu adorava ir na Festa, brincava e conversava com as soberanas, com o Venancito, foi onde começou minha paixão pela Festa.”

O concurso entrou em sua vida com um objetivo maior em sua vida: foi o momento de mudança, superação e de testar sua determinação. A jovem, recentemente sofreu um trauma pessoal, que fez com que ela deixasse um pouco de lado os concursos, a dança e a exposição pública e também virtual. “Sempre tinha vontade de participar, já acompanhava as demais edições de escolha, mas nunca me imaginei dentro do concurso. Recebi o convite e fiquei na dúvida. Tinha o interesse de participar mais tarde, mas conversei muito com minha mãe e os patrocinadores e concluí que deveria participar. Se não der neste ano, volto a tentar na próxima edição.”