A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, visita a Expointer na sexta-feira, dia 4. Na ocasião, entidades representativas dos agricultores e fumicultores do estado se reúnem, na casa da Farsul no Parque Assis Brasil, com a ministra com o intuito de firmar uma parceria entre o Ministério e a Emater, para que, além de acompanhar, a entidade também possa fiscalizar a classificação do fumo nas empresas na hora da entrega.

Atualmente o acompanhamento da comercialização nas empresas é feito pela Emater e quem está custeando isso é a Afubra. Mas sem poder fiscalizar, como explica o presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Benício Albano Werner. “Nós buscamos então junto a ministra que o Ministério volte a assumir essa questão da fiscalização e classificação da comercialização, inclusive o custeamento, porque a própria Emater não tem dentro da legislação o poder para fiscalizar a comercialização do tabaco entre empresa e produtor. Eles podem só fazer a classificação, uma mediação entre produtor e empresa, mas sem ter força de fiscal obrigando a empresa a pagar determinada classe.”

O projeto que já estava sendo articulado entre as entidades representativas dos produtores há algum tempo tomou força na última safra, na qual foram enfrentadas dificuldades na comercialização. “O serviço da Emater é muito bem feito, o que falta é o poder para ela, autonomia. Se o Ministério não tem fiscais ou classificadores para fazer o trabalho nossa sugestão é de que o Ministério da Agricultura faça um convênio com a Emater capacitando-os e dando essa autonomia a eles”, destaca Werner, que ainda acrescenta que o custeamento dessa atividade também deve ser feito pelo Ministério. “ Entendemos que o setor paga altos tributos para o Governo Federal, então eles poderiam, no mínimo, prestar esse trabalho para o produtor de tabaco, não a própria entidade representativa dos produtores de tabaco tenha que custear esse serviço.”