é no inverno ‘rigoroso’ da região Sul do país que o fogão a lenha ganha mais espaço. Mas, engana-se quem pensa que ele é famoso apenas aqui no Rio Grande do Sul. Ele conquistou
todas as ‘querências’ e ganhou espaço, inclusive, na casa dos estrangeiros.
Anos atrás, era item tradicional na casa da vovó, onde era utilizado para fazer tudo enquanto não existia o famoso fogão a gás. Mas, no século XXI, ele deixou de ser apenas um item, tornando-se um objeto de decoração.
Algumas pessoas utilizam o mesmo fogão a lenha durante anos e é só mesmo quando ele fica bem ‘velhinho’ que resolvem trocar. Uma troca difícil para quem já está acostumado com o ‘fogão bom que faz comida boa’. Há cerca de dez anos com o mesmo fogão à lenha, os moradores de Linha Santana, Fernanda e Marcelo Seifert, resolveram substituir o antigo por um novo. Há algumas semanas eles vem ao centro da cidade para realizar pesquisa de preço. Segundo eles, os valores estão diferentes de quando o primeiro foi adquirido. Mas, indo de loja em loja, gostando de um fogão aqui e outro ali, que eles querem gastar cerca de R$ 1,5 mil na compra do novo item. Na tarde de sexta-feira, 27, uma nova pesquisa foi feita. “Acho que vai sair a compra”, afirmou, ansiosa, Fernanda.
O fogão a lenha na casa dos Seifert é utilizado com mais frequência para fazer comida quando a safra de fumo está encerrada. Assim, no inverno, o fogo é feito apenas nos dias mais frios.
Segundo a vendedora de uma loja no centro da cidade, os valores alteram-se muito desde o fogão mais simples no valor de R$ 529 até R$ 5 mil.
UM NOVO JEITO DE SER PARA O FOGãO O simples fogão a lenha ganhou com um novo design depois de uma tentativa de extinção do mercado entre 2002 e 2003. Segundo o responsável de vendas de uma empresa que produz fogões a lenha em Venâncio, Jonas Weis, foi neste mesmo período que a empresa decidiu propor algo novo ao segmento, tornando o fogão um item de decoração.
Apesar do fogão, conforme Weis, ser comercializado o ano inteiro, é neste período do ano que as vendas recebem um acréscimo. O responsável de vendas salienta que nas exportações para o exterior, as pessoas costumam utilizar o fogão, principalmente, como decoração. “As vezes eles desconhecem a verdadeira funcionalidade do fogão e compram pois ele lembra o campo”, diz. Além disso, Weis explica que apesar do fogão ser um item antigo, eles está recebendo tecnologias e conquistando cada vez mais o cliente que busca pelo diferente.
De acordo com Felipe Siebert, responsável pela publicidade de outra empresa do segmento na Capital do Chimarrão, as vendas crescem, principalmente, nesta época do ano. Mas, a entrega aos revendedores já começam em janeiro. A maior comercialização está concentrada dentro do país, especificamente, conforme ele, dentro do Estado. Mas, a empresa também realiza exportações pra fora do país.
Em relação ao ano anterior, Siebert explica que as vendas cresceram e que no mercado existem espaço para os dois tipos: o fogão tradicional e o diferenciado.
