Em torno de 30 pessoas se reuniram na noite de quinta-feira, 19, para oficializar a criação do grupo Esperança Azul – Associação Pró-autismo de Venâncio Aires. Com o objetivo de trocar experiências, divulgar aspectos relacionados ao Transtorno do Espectro Autista (TEA) e reforçar ações pelo bem-estar e a inclusão de autistas, pais de crianças com autismo e profissionais aprovaram o estatuto da entidade e elegeram a primeira diretoria, em reunião na sede do Centro Universitário Uninter.

Foto: Juliana Bencke / Folha do MateEm assembleia na noite de quinta-feira, profissionais e pais de autistas aprovaram estatuto e elegeram a diretoria da entidade
Em assembleia, profissionais e pais de autistas aprovaram estatuto e elegeram a diretoria da entidade

De acordo com a presidente Ramone Ferreira Mohr, entre as ideias do grupo também estão fomentar estudos sobre o TEA e promover eventos com profissionais especialistas no tema, para auxiliar familiares, professores e a sociedade no diagnóstico precoce do autismo – condição que afeta as áreas de comunicação, interação social e comportamento.

Ao mesmo tempo, a associação Esperança Azul pretende fomentar ações pelo desenvolvimento das habilidades dos autistas e a diminuição do preconceito, bem como para aproximar famílias. “Queremos possibilitar às pessoas atendidas sair da reclusão de suas casas e proporcionar-lhes um ambiente de acolhida, respeito, amor e convivência com seus pares e principalmente dar apoio e aliviar a carga das famílias”, comenta Ramone, ao observar a importância da participação de todos os integrantes da associação. “Somos um grupo.”

Apoio mútuo

Mãe da Lívia, 13 anos, e uma das integrantes da entidade, Adriana Garcia Castagnino destaca a relevância do grupo no suporte aos pais de autistas. “Com a associação, as famílias terão um norte, dicas do que fazer, por onde começar e, principalmente, apoio emocional e psicológico, que faz toda a diferença. Precisamos estar bem para conseguirmos acompanhar nossos filhos”, salienta.

A fisioterapeuta e equoterapeuta Olga Bohn Martins também comemora a criação da entidade. “Esse grupo merece parabéns. Só se consegue resultado efetivo nas terapias de estimulação e desenvolvimento quando as famílias atuam de forma conjunta. A forma como os pais lidam com a situação no dia a dia faz toda a diferença.”

>> O nome da associação faz referência à cor símbolo do autismo. O azul representa o Transtorno do Espectro Autista (TEA), pois ele atinge quatro vezes mais meninos do que meninas.

Diretoria

Presidente: Ramone Ferreira MohrVice-presidente: Renan Hart da Rosa Secretária: Adriana Garcia Castagiano2°secretária: Elisandra Tartsch Tesoureira: Viviane Giehl Bressler2° tesoureiro: Marta BertéConselheiros fiscais: Márcio Eucário da Luz, Thiago Cândido de Moura e Lúcio SehnConselheiros fiscais suplentes: Michele Meirelles, Cleusa Godoy e Juliara Beatriz Dorneles

Sobre o autismo

1 Sem uma causa definida, o autismo é um transtorno que afeta o desenvolvimento da linguagem, nos processos de comunicação, interação e comportamento social. 2 O diagnóstico é clínico, feito por um neurologista, por meio de observação do comportamento e de informações da família. 3 Entre os sinais do autismo estão dificuldade de contato olho no olho, isolamento, rosto inexpressivo, brincadeiras e movimentos repetitivos, dificuldades de criar vínculos de amizade e de brincar de ‘faz de conta’. 4 O autismo não tem cura e, em alguns casos, além dele, há outras deficiências ou síndromes associadas. 5 De acordo com o grau do autismo de cada criança, ela pode se alfabetizar. O mesmo ocorre com o processo da fala. Em todos os casos, a estimulação precoce das habilidades é muito importante, com acompanhamento profissional.

Juliana Bencke

Editora de Cadernos

Responsável por coordenar as publicações especiais, considera o jornalismo uma ferramenta de desenvolvimento da comunidade.

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