Atendendo um convite da fumageira a qual é integrado, o fumicultor Gilberto José Baierle, morador de Linha Hansel, entre os dias 15 e 27 de setembro de 2015, conheceu o sistema de produção de tabaco no outro lado do mundo, mais especificamente, na China. Baierle acompanhou uma comitiva composta por mais um fumicultor de Santa Cruz do Sul e de profissionais ligados ao setor.
Ao falar sobre a viagem, Baierle conta que o sistema de produção de tabaco na China é bem menor em relação ao brasileiro. A quantia por família é bem reduzia, variando entre os 2,5 mil a 3 mil pés, pois toda a produção é controlada pelo governo chinês e as mudas são fornecidas pelas indústrias. A condução do tabaco na lavoura é semelhante à brasileira e algumas propriedades estão equipadas com estufas de cura e secagem. Os produtores que não têm, levam o seu tabaco para uma central de cura das empresas que contam com estufas elétricas.
A separação do tabaco seco é muito rígida, pois eles separam folha por folha e as classes são basicamente as mesmas daqui. O tabaco não é manocado e é vendido em forma de feixes. O fumicultor vende entre 70, 100 a 120 quilos na fumageira onde ele é classificado de novo. Na China, conforme Baierle, o tabaco é muito bem valorizado e é uma agregação de renda e lá, os fumicultores têm que plantar os alimentos de sua subsistência. O clima também é bastante parecido ao brasileiro, propício para a cultura.