As entidades representativas dos fumicultores e lideranças das empresas fumageiras, se reunirão nesta terça e quarta-feira, dias 22 e 23, para tratar sobre a atual safra de tabaco. Os encontros ocorrerão na sede da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), em Santa Cruz do Sul.
Embora o índice de reajuste a ser praticado nesta safra seja definido somente hoje pela manhã pelas entidades representativas, os fumicultores defendem pelo menos, que ele varie entre 15% e 20%. “Queremos pelo menos que o reajuste cubra os custos de produção e que seja bem superior ao índice da safra passada”, defende o fumicultor Paulo Roos, morador de Linha Travessa. Ele tem plantados nesta safra, 35 mil pés e esta quantia é a principal fonte de renda da família. Roos acrescenta que tudo aumentou de preço e que, como o tabaco é a única renda, precisa ser bem remunerado porque a sobrevivência da família e investimentos na propriedade dependem do tabaco. “Se as empresas não querem pagar o que o tabaco realmente vale, que pelo menos comprem dentro da classe.”
Conforme o presidente da Afubra Benício Albano Werner, as sete entidades representativas se reunirão na manhã desta terça-feira, na Afubra, onde uma das pautas será a avaliação do custo de produção, saber como está em termos globais a perspectiva de produção e qual será a projeção da safra atual, e a discussão de qual o índice de reajuste do preço que será proposto pelas entidades às fumageiras. “Ainda não temos nenhuma proposta fechada” adianta.