O ano de 2016 foi atípico quanto ao comportamento do clima e isto provocou quebra na produtividade no tabaco na Safra 2015/16. As condições adversas do clima interferiram diretamente na quebra da cultura na maioria das regiões do Sul do País. O excesso de chuvas e as diversas incidências de granizo trouxeram consequências para a produtividade.Em termos percentuais já colhidos, conforme estimativas da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), eles variam de região para região onde algumas já está acima de 90%, como é o caso da região baixa de Venâncio Aires, enquanto em outras, como a região serrana do município, os fumicultores estão a recém no início da colheita. “O índice é muito variável e não temos compilado um índice geral mas com certeza, está acima de 70% o total já colhido”, afirma o tesoureiro da Afubra Marcílio Drescher.Entre os fumicultores que está encerrando a colheita está Juliano Baierle, morador de Linha Tangerinas. Ele acredita que talvez nesta, ou no máximo na próxima semana, colherá o restante do tabaco de um total de 52 mil pés que plantou. A quantia é inferior à safra passada e, mesmo com o clima adverso, ele tem a expectativa de colher 500 arrobas. Além do excesso de chuvas, que prejudicaram o desenvolvimento normal das plantas, Baierle contabiliza perdas com duas incidências de granizo. Não fosse isso, ele acredita que colheria em torno de 100 arrobas a mais.Porém, a redução na quantidade é compensada pela qualidade e Baierle confirma que ela superior à ao tabaco da safra passada. O fumicultor também vive a expectativa de vender bem o seu produto e espera que a fumageira o compre dentro da classe e assim, obtenha uma boa lucratividade. Baierle deseja ainda, que as indústrias aceitem a solicitação da comissão representativa dos fumicultores, que pleiteia um reajuste de 17,7% sobre a tabela de preços praticada na safra passada.