Depois da quebra na última safra por causa do clima adverso, a expectativa dos fumicultores em colherem uma safra cheia neste ano, para dezenas de fumicultores, ela literalmente, foi por ´água abaixo`. Isto se deve ao fato que os 335 mm de chuva verificados no inicio desta semana, provocaram enchentes que inundaram as lavouras de tabaco.
O volume maior de lavouras inundadas se localiza na região do segundo e nono distritos e, entre os fumicultores que contabilizam perdas está Odélio Kist, morador de Picada Mariante. A cheia inundou 15 mil do total de 65 mil pés plantados nesta safra. Ele conta que não é todos os anos que contabiliza perdas por causa da enchente e que isto somente ocorre quando a cheia do rio Taquari ultrapassa os 22 metros. Kist vai esperar as águas baixarem para então decidir se vai replantar o tabaco atingido, porém, isto somente será possível se conseguir arrumar mudas, pois as últimas que produziu, ele plantou há algumas semanas. Do contrário, vai plantar milho nesta área.
Outro fumicultor que contabiliza perdas é Mauro Ferreira, também morador de Picada Mariante. Ele tem 12 mil pés inundados, além do milho da safra que venderia em forma de espiga verde e silagem. Ferreira garante que não replantará o tabaco e que a área de milho somente replantará na safrinha. Até dois anos, ele investia na produção de hortaliças, porém, nas duas últimas safras, mudou a matriz produtiva e, como contabiliza prejuízos nas duas últimas safras, tenciona em parar de plantar de tabaco e investir na produção de milho para venda em espiga verde e silagem.