Três dias para ‘respirar’ teatro. O palco? O auditório do Colégio Gaspar Silveira que irá receber mais de 200 alunos de 14 escolas para a Amostra de Teatro da Rede Sinodal de Educação (Atese), nos dias 21, 22 e 23 de setembro. Na PROGRAMAÇÃO, muita arte teatral, interação, reflexão e novas amizades. A atividade é aberta a comunidade.
O encontro que reunirá alunos de todo o Rio Grande do Sul no município, ocorrerá também paralelamente na cidade de Taquara. Conforme o diretor do educandário, Tiago Becker, a amostra não vinha a Venâncio Aires há mais de 15 anos. Segundo ele, esse é um momento de sensibilidade para a educação educação, pois trabalha-se e cria-se um olhar mais ‘apurado’ para essa arte e outras.
Os alunos envolvidos nas apresentações terão, após cada peça, a oportunidade de debater sobre o assunto apresentado, recebendo críticas e elogios. Becker ressalta que essa é uma oportunidade para os alunos se desenvolverem como atores e pessoas já que o evento não é competitivo.
Para a professora Rafaela Wenzel, que está à frente do grupo de teatro do Gaspar, atividades como essa, especificamente o teatro estudantil, não visam a formação de um ator, “mas sim a constituição de um ser humano mais disponível para a experimentação da arte, pela questão pedagógica que pode servir para a vida inteira, sem necessariamente eles saírem atores daqui”, destaca.
Falando sobre o tempoRafaela conta que dez alunos do Gaspar estarão envolvidos com o espetáculo ‘Tempo Perdido’ que fará o público refletir sobre o tempo. Conforme ela, a peça é composta por pouco texto, mas as expressões estarão fortemente presentes.
Para a apresentação, a professora costurou capas pretas e brancas e os demais materiais, de acordo com ela, formam reutilizados de espetáculos anteriores. “Isso também faz parte do processo de educação, reutilizar o que se tem”, diz.
Máscaras foram confeccionadas com gesso e um relógio gigante foi criado com tecido e tinta. Uma peça, que deixou a reportagem ‘curiosa’ para ver o final.
Fazendo teatro na escolaPara Rafaela, o simples fato de poder ofertar o teatro na escola é maravilhoso. “Visamos criar um ser humano que vive o expectador de plateia, pois as pessoas não tem a cultura de assistir peças porque não foram habituadas a isso”, explica. Com essa atividade realizada pela Rede Sinodal, a educadora acredita que se possa formar novos públicos. “Trabalhamos tanto com o aluno ator que está em cena, como com o aluno plateia que tem a oportunidade de ver o trabalho feito pelo próprio colega”, destaca.