
Por trás de uma Black Friday de sucesso, há meses de estratégia silenciosa.
Um planejamento de vendas eficaz exige preparação antecipada, envolvendo planejamento de negócio, organização interna, precificação e posicionamento de marca. A data é um evento consolidado, contínuo e adaptativo. Quem entende isso sabe que o sucesso não nasce no dia das promoções, mas muito antes, nas decisões que estruturam o negócio.
No ano passado, enquanto eu atuava na gerência de marketing da Vitivinícola Jolimont, vivi isso mais uma vez na prática, e o resultado foi um aumento expressivo nas vendas e no engajamento digital. As estratégias foram desenhadas para conectar o ponto de venda físico, o e-commerce, o televendas e a live shop do dia D da Black Friday. As melhores promoções foram liberadas ainda na madrugada e, mais do que isso, os clientes fiéis foram valorizados com ofertas diferenciadas. Motivo pelo qual reforço aqui a importância de um planejamento detalhado e sincronizado entre todos os canais.
É justamente essa integração que faz a diferença. Mesmo com o avanço digital, os dados confirmam o que a prática já mostra: os consumidores ainda compram em lojas físicas, o que evidencia a força de estratégias omnichannel bem estruturadas. De fato, segundo dados da LWSA, a maior parte das compras ocorre ao longo de novembro, enquanto 39% se concentram na semana da Black Friday e apenas 7% no dia exato. Ou seja, o consumidor está ativo e comparando ofertas por muito mais tempo do que parece.
Hoje, compramos pelo celular, buscamos conveniência e valorizamos entregas rápidas e de confiança. Pensar em um design voltado à venda faz toda a diferença. Durante meus estudos em 2023 sobre UX e CX na FGV, confirmei na prática que a experiência de compra precisa ser intuitiva, ágil e coerente com a proposta da marca.
A Black Friday exige planejamento, consistência e experiência. Sem preparo, o risco é real: perder dinheiro e comprometer a reputação da marca. Planejar é o que separa quem apenas participa da data de quem realmente lucra e tira bom proveito dela.
NÚMEROS QUE INTERESSAM
- 75% dos brasileiros compram pelo celular.
- Sete em cada dez brasileiros já se planejaram financeiramente para a Black Friday e, neste ano, 60% pretendem gastar em média R$ 500.
- Eletrônicos lideram as intenções de compra, com 53%, seguidos por eletrodomésticos (44%).
- Formas de pagamento: o cartão de crédito segue como o meio preferido, mesmo com leve queda, representando 60% das intenções de compra. O PIX aparece logo atrás, escolhido por 38% dos consumidores na última edição.
- 40% dos compradores afirmam que reclamações negativas sobre a loja podem ser motivo para desistir da compra.
- Canais de compra na Black Friday: redes sociais (13%), aplicativos de lojas (52%), lojas físicas (35%) e sites de lojas (57%).
Fonte dos números: LWSA e OPINIONBOX
