Da casa ao apartamento: um imóvel para cada público

A compra de uma casa é um processo que deve ser feito com calma, pois muitas vezes, esse será o único imóvel próprio da pessoa. E na hora de vender também é necessário entender o que cada cliente busca, quais são os objetivos e princípios dele. O corretor e empresário no ramo imobiliário, Juliano Ferreira, explica que a maioria dos clientes já têm preferência por casa, apartamento ou geminado, porém que cada um tem particularidades que quer no imóvel. “Cada cliente tem um gosto diferente, temos que trabalhar diferente com cada um”, comenta o sócio-proprietário da Aliança Imóveis.

O mercado de Venâncio Aires, conforme Ferreira, tem ampla diversidade e oferece opções para todos os gostos, imóveis de variados tamanhos e preços. Ele percebe que, normalmente, casais jovens e sem filhos procuram mais por apartamentos. “É um imóvel que não necessita tempo para cuidar do pátio, é mais prático e seguro”, comenta.
Já quem procura por um imóvel também prático, mas não quer ter custo com condomínio, prefere os geminados. “São imóveis de construção rápida, que possuem modelos diferenciados e para todos os gostos. É uma tendência bem aceita.”

As casas já são mais solicitadas, na maioria das vezes, por pessoas com família maior, cachorros ou que pretendem logo ter filhos. O corretor frisa que, nesses casos, é possível comprar o imóvel pronto ou construir, conforme o orçamento do momento e, depois, ampliar. “A casa é um investimento para quem não quer ter vizinhos tão próximos, igual no apartamento, e para quem deseja aumentar a casa e a família. Sempre tem procura também”, complementa Ferreira.

Pontos positivos de uma casa
– Pátio
– Espaço
– Possibilidade de ampliação

Pontos positivos de apertamento e geminado
– Praticidade
– Mais segurança
– Sem limpeza externa

Liberdade, conforto e espaço para aumentar a família

Morar em uma casa já era um desejo da advogada Tamara Heinen, 38 anos, e do empresário e designer gráfico Marcel Coutinho, 40 anos. Durante a pandemia de coronavírus, o casal que tinha um apartamento próprio na região central, pensou mais sobre essa vontade, pois queria ter pátio e mais espaço.

No início do ano, Tamara descobriu que estava grávida, o que também estava sendo planejado pelo casal. “Com a notícia da gravidez, a qual nos deixou extremamente felizes, decidimos que era a hora de concretizar o desejo da casa, então passamos a pesquisar, fazer contatos”, conta.

A ideia era encontrar uma casa com pátio, arquitetura moderna, áreas integradas, sem definição de bairro específico. Em 29 de julho, o casal concretizou o sonho e se mudou para o bairro Cidade Alta. “Temos espaço suficiente para nossas necessidades e conforto”, avalia ela.

Mesmo com a mudança recente, Tamara ressalta que a adaptação está sendo boa e rápida. “Nós moramos anos no apartamento, ele é um local mais prático, pois requer menos envolvimentos diários. Em contrapartida, a casa possibilita maior liberdade e comodidade, ainda mais que temos dois cachorros e vamos ter um bebê”, analisa Tamara.

Mais praticidade em um apartamento

Sair de uma casa e morar em um apartamento foi a opção da farmacêutica esteta Juciane Franco, 37 anos, e do analista de sistemas Arthur Ruppenthal, 38 anos. Há 11 anos, o casal havia construído uma casa no loteamento Parque do Chimarrão, mas, em outubro do no ano passado, decidiram se mudar para um local menor e escolheram um apartamento no bairro Xangrilá.

Ela explica que essa mudança aconteceu porque a família não usufruía de todo espaço que a casa tinha. “Quando vendemos não tínhamos definido ainda o que faríamos. Por meu desejo, fomos olhar o apartamento que estamos hoje e gostamos. Ele é amplo, mas menor que a casa e temos espaços sociais no condomínio que achamos interessante.”

Mesmo com dois filhos e com cachorros, ela afirma que todos se adaptaram fácil à mudança. No verão, a família sentiu falta de pátio, mas ela afirma que conseguem suprir isso visitando a casa dos pais no interior. “Achamos que seria mais difícil, pois nunca tínhamos morado em apartamento”, observa.

Juciane também enfatiza que, agora, a rotina é mais prática. “Com as crianças temos muitas tarefas, então não podemos ficar ‘reféns’ de casa no sentido de manutenção. No apartamento conseguimos nos organizar melhor”, garante.