Com o avanço do mercado de placas solares e a preocupação com o futuro da geração de energia solar, uma empresa da Alemanha, a SUNfarming Investiment, pretende instalar placas solares da marca na região. Entre os municípios do Rio Grande do Sul escolhidos, estão Vale Verde e Santa Cruz do Sul.
Na manhã de ontem, o presidente da empresa, Peter Schrum, e outros integrantes, participaram de uma reunião na Prefeitura de Vale Verde. Na ocasião, foi apresentada a proposta que será colocada em prática nos próximos meses.
Conforme o responsável pela área de pesquisa e desenvolvimento da SUNfarming, Décio Cezar da Silva, a empresa está decidida a investir no município. Os próximos passos dependem da demanda e esclarecimento de dúvidas da comunidade. “O processo leva cerca de seis meses, mas está certo que vamos investir em Vale Verde”, declarou.
Com a implantação de placas em Vale Verde, a empresa também terá uma sede. O que para os empreendedores vai ajudar no desenvolvimento econômico. “Vamos gerar empregos e incentivar cursos técnicos na área. Serão muitas oportunidades, porque faz parte do contrato instalar uma unidade permanente no município”, comentou Silva.
ENTENDA
1 A empresa investe em placas de energia solar, que têm alta resistência a peso, chuva, pedras e tempestades. As placas são financiadas pela Alemanha, em parceria com bancos locais. São destinadas, especialmente, para produtores rurais.
2 Elas têm estrutura de 2 metros a 2,5 metros e as culturas são cultivadas embaixo das placas. “Serve como se fosse uma estufa, protege toda plantação e até animais, mas, além disso, elas geram energia, da qual o proprietário usufrui”, destaca o presidente Peter Schrum, que ainda expõe que existem placas solares flutuantes, que podem ser colocadas em açudes e rios.
3 Um dos objetivos da empresa é fomentar a cultura de artemísia, pois assim os produtores conseguem ter maior qualidade de vida e conforto ao produzir. A planta auxilia muito em tratamentos medicinais. “Mas qualquer ramo pode fazer o financiamento da empresa”, observa Silva.
4 A quantidade mínima de espaço para instalação das placas da empresa alemã é de 40 hectares. Por isso, a ideia é criar uma comunidade, onde mais produtores possam produzir e usufruir desse espaço.
5 Como pessoa física não é possível fazer o financiamento, mas com vínculo às cooperativas o grupo consegue ter acesso ao projeto. “Pensamos muito no futuro, também queremos produzir hidrogênio com a energia que sobra. Nas placas normais essa energia vai para a rede, nas nossas ela vira hidrogênio que pode ser vendido e exportado. Gera lucro para os usuários também”, explica Silva.
Interessados devem procurar a Prefeitura para entender mais sobre o projeto.
- No Brasil, a SUNfarming atua nas cidades de São Paulo, São Bernardo do Campo, Fortaleza, São Caetano do Sul e Pato Bragado.
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