Arroio Castelhano é o principal manancial de Venâncio Aires e responsável por mais de 90% do abastecimento de água potável da Corsan Aegea no município (Foto: Renan Zarth/Terra FM)
Arroio Castelhano é o principal manancial de Venâncio Aires e responsável por mais de 90% do abastecimento de água potável da Corsan Aegea no município (Foto: Renan Zarth/Terra FM)

O plano de resiliência hídrica foi uma das reivindicações da Prefeitura de Venâncio Aires para assinar o aditivo do contrato com a Corsan Aegea até 2062, solenidade que ocorreu na última quinta-feira, 16. A reivindicação tem o objetivo de evitar os problemas recorrentes com a falta de água nos meses de verão, especialmente na parte alta da cidade.

O aditivo contratual prevê a obrigatoriedade da nova Corsan apresentar um estudo sobre uma fonte alternativa de captação de água. Hoje, a dependência do arroio Castelhano para essa finalidade é de 92%. São em torno de 53 mil venâncio-airenses abastecidos com água do Castelhano.

Conforme consta no aditivo do contrato, assinado na quinta-feira, 16, a empresa tem até julho do ano que vem para apresentar à Prefeitura de Venâncio Aires esse levantamento. Já o projeto executivo deverá ser entregue até dezembro de 2024, para que seja submetido aos órgãos públicos competentes.

Em relação a isso, o prefeito Jarbas da Rosa lembrou que a Corsan Aegea trabalha na instalação de um reservatório de água no bairro Bela Vista e perfurou dois novos poços artesianos, um no bairro Canto do Cedro e o outro no bairro Aviação. “Temos certeza que estamos no melhor caminho e do que estamos assinando. Essa parceria é para o bem do povo. Tarifa justa, quantidade e qualidade da água, esgoto tratado e a preservação do arroio Castelhano. É isso que vamos conquistar com esse aditivo”, ressalta Jarbas.

Saiba mais

• A meta da Corsan Aegea é reduzir, até dezembro de 2033, de 49% para 30% o índice de perdas na distribuição de água em Venâncio Aires. Até dezembro de 2028, a intenção é que esse percentual diminua em 10%.

• 24% é o percentual de cobertura de esgoto na Capital do Chimarrão. A meta é alcançar 51% em dezembro de 2028, para que seja possível chegar ao índice de 90% no prazo de 10 anos.

Tarifa

  • Ponto muito questionado com a privatização da Corsan, o valor da tarifa praticada pelos serviços de abastecimento de água ainda causa dúvidas entre os usuários. Segundo a presidente da Companhia, Samanta Takimi, esses valores foram uma preocupação durante todo o processo.
  • “Há previsão de uma manutenção dessa tarifa. Até 2027 se mantém apenas os reajustes para, então, acontecer a verificação de tudo que foi feito e gasto e se existem externalidades positivas ou negativas para acontecer uma revisão em 2027”, explicou.
  • Samanta também ressaltou o caráter social da Aegea. “Um dos marcos da nova controladora é justamente a aproximação com as pessoas. Existem projetos sociais que estão sendo trazidos para o Rio Grande do Sul a partir desse entendimento para que as comunidades atendidas pela empresa de água e saneamento tenham outros benefícios, de forma que se cresça junto”, observa.