A Prefeitura de Venâncio Aires publicou nessa semana dois editais que tratam sobre a coleta e o transporte de resíduos no município. Na licitação que vai contratar uma empresa para fazer o recolhimento, o valor estimado gasto por mês vai reduzir em mais de R$ 31 mil (de R$ 292,1 mil passará para R$ 260,4 mil).
Segundo a chefe do setor de Licitações da Prefeitura, Beatris Vogel, a diferença acontece devido ao novo sistema de coleta, em que haverá mais contêineres, portanto mais coleta mecanizada e menos a convencional (diretamente nas casas). Ainda conforme Beatris, a empresa vencedora será responsável por quatro etapas no serviço: coleta mecanizada (R$ 126,2 mil), urbana convencional (R$ 57,3 mil), urbana seletiva (R$ 35,4 mil) e rural (R$ 41,3 mil).
Diferente do contrato atual, em que a própria empresa tem todos os veículos, quem vencer a licitação terá de usar dois próprios (coleta seletiva e no interior) e mais outros três caminhões serão disponibilizados pela Prefeitura (para recolhimento convencional e mecanizado). Os interessados têm até o dia 3 de agosto para se habilitar.
Aterro
Também está disponível no site da Prefeitura o edital para contratar a empresa que fará o transporte do rejeito de Venâncio Aires até o aterro em Minas do Leão. Atualmente, o valor mensal para o serviço chega a R$ 46,1 mil e a estimativa é que suba para R$ 53,4 mil, já que a proposta é pagar R$ 58,85 por tonelada transportada.
A chefe do setor de Licitações, Beatris Vogel, explica que o novo valor foi baseado na média mensal transportada a Minas do Leão em 2020: 908 toneladas. Além disso, a empresa hoje contratada abriu mão do reajuste previsto no ano passado. Na prática, o aumento já poderia ter acontecido. Para este serviço, a empresa vencedora usará veículo próprio. O edital para habilitação vai até o dia 6 de agosto.
Contratos
A definição do recolhimento no município e o transporte até Minas do Leão são as últimas etapas antes da implementação do novo sistema de coleta de lixo. A expectativa é de que tudo esteja resolvido antes de outubro, quando encerram os atuais contratos com a Conesul e a Ecopal Reciclagem e Transportes.
Atualmente, a Conesul é responsável pelo recolhimento domiciliar na cidade e no interior. Já o transporte da usina de triagem até Minas do Leão é feito pela Ecopal. Estes contratos terminaram em 2020, depois de cinco anos de prorrogações anuais. Segundo o Setor de Licitações, no ano passado, houve mais uma extensão extraordinária, a qual encerra no próximo dia 25 de outubro.
Com a Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos (CRVR), que faz o destino final no aterro sanitário, o contrato foi renovado e passa a ter validade a partir deste sábado, 3.
A Prefeitura ainda tem o contrato com a Cooperativa Regional de Catadores dos Vales do Taquari e Rio Pardo (Cootralto), que trabalha junto à Usina de Triagem em Linha Estrela. O convênio também já foi renovado por mais um ano.
Mais contêineres
Com o novo sistema, serão em torno de 400 pontos com contêineres na cidade – na maioria dos locais haverá um para lixo seco e outro para orgânico. Atualmente, são 280 pontos e 304 contêineres. A licitação previa a aquisição de 772 compartimentos, mas, como o custo ficou abaixo do esperado (em torno de R$ 1,4 mil) e haverá sobra de recurso, serão adquiridos mais 193, chegando a 965 contêineres.
Além disso, serão adquiridas lixeiras comunitárias para o interior. A compra dos contêineres, assim como a de três caminhões que serão utilizados na coleta, é viabilizada com recursos do programa Lixão Zero, do Governo Federal.
R$ 700 mil – é o que estima a Secretaria de Meio Ambiente em economia, por ano, na questão dos resíduos. Hoje, o gasto anual chega a R$ 5 milhões e a arrecadação não chega a R$ 4 milhões.