Quando imaginaríamos que um aparelho eletrônico poderia ser também um meio de transporte? É a realidade que já vivemos em Venâncio Aires, com o uso dos patinetes elétricos. Práticos, modernos e econômicos. São palavras usadas pelo vendedor Luís Paulo Hendges para definir o equipamento.
Só Hendges já vendeu oito unidades de patinetes na loja onde trabalha, desde o início da pandemia. “Do nada, a venda disseminou. Uma pessoa foi comprando e trazendo outras, e todas vêm pela razão principal: o patinete não é abastecido com gasolina”, pontua. Além dele, outros vendedores da loja também já comercializaram outros, o total, contabilizam a venda de cerca de 20 unidades.
Ele explica que o veículo é ideal para percorrer distâncias relativamente curtas, a maioria das pessoas, usa para ir até local de trabalho, por exemplo. Também é dobrável, por isso, pode ser levado a outros lugares em viagens. “Nesta época do ano muitas pessoas levam junto para a praia”. O tipo de patinete recomendado pelo vendedor, é aquele com pneu de câmara, similar às bicicletas, isso evita a trepidação ao andar nas ruas da cidade.
Hendges explica que quando um equipamento deste tipo necessita de reparos e assistência, deve ser procurada uma eletrônica. O patinete tem um painel eletrônico que índica as configurações. O freio é do tipo a disco e quando precisa de reparos, a própria pessoa pode fazer, puxando o cabo para obter mais firmeza ou levar até uma mecânica de bicicletas.
“Não me arrependo da compra”
Quem faz a afirmação acima é Elisa Maria Dries, 26 anos, que desde fevereiro do ano passado é uma das adeptas ao patinete elétrico. A operadora de caixa destaca que usa o veículo praticamente todos os dias, pois vai com ele trabalhar pela manhã, e à tardinha volta para casa, no bairro Coronel Brito. Segundo ela, percorre cerca de seis quilômetros diários com o patinete em praticamente 15 minutos.
Sobre os cuidados com o equipamento, ela cita que são com relação à exposição ao sol e a água, que devem ser evitados. “Ando pela beiradinha da rua, sempre é muito tranquilo”, reconhece. No início, a jovem comenta que teve receio em adquirir o patinete, mas analisou os fatos e percebeu que se comprasse uma moto, os gastos seriam maiores. Então resolveu testar o veículo em uma calçada ao lado da loja e gostou do que experimentou. “No início muitas pessoas olhavam desconfiadas quando eu andava na rua com o patinete, mas agora já se tornou mais natural”.
Elisa explica que o veículo possui modo de piloto automático, o que facilita ao andar e dá a opção de duas velocidades. “Não me arrependo da compra, não tive problema nenhum com meu patinete até agora. Hoje ando com ele por tudo”. Ela destaca que consegue usar o veículo por três dias consecutivos e só então o coloca para carregar. Na conta de energia elétrica, Elisa diz que não notou aumento.
Informações sobre o patinete elétrico
1. Tem bateria com duração de aproximadamente quatro horas
2. Percorre uma média de 15 a 20 quilômetros por carga elétrica
3. Tem velocidade máxima de 25,5 quilômetros por hora
4. É carregável em qualquer tomada convencional, e chega a carga completa em quatro horas
- R$ 2,5 mil é o valor médio de compra de um patinete elétrico.
Ainda não há legislação de trânsito para os patinetes
De acordo com o chefe do Departamento de Trânsito de Venâncio Aires, Leandro Glier, os patinetes elétricos não estão inclusos em nenhuma legislação de trânsito atual, pois são considerados veículos de uso individual com dimensões reduzidas. “Quando um equipamento para uso como meio de transporte tem medidas similares a uma cadeira de rodas, não se tem como fiscalizar”. Glier comenta que em estados como no Rio de Janeiro, alguns municípios já têm regras estabelecidas para este tipo de transporte, por meio de uma lei municipal.
Para proteção individual, o indicado, segundo o vendedor Luís Paulo Hendges é fazer uso de capacete de ciclismo e adquirir luzes de sinalização. Elisa tem indicadores por luz na frente e atrás do patinete, além de ter, também, a parte traseira do capacete iluminada. “Alguns patinetes vêm até com buzina”, ressalta Hendges.
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