Com o primeiro quilômetro, dos 5,75 prometidos, finalizado em maio de 2020, a pavimentação da estrada de Linha Sapé segue, a passos lentos, ganhando forma. Atualmente, outro 1,6 quilômetro está pronto para receber a camada final de asfalto e ser concluído, contudo, o trecho necessita de aprovação do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer). O Daer supervisiona a obra e todas as movimentações necessitam da liberação do órgão.
No total, são 5,75 quilômetros, entre a ERS-422 e o Frigorífico Sapé, que devem receber a pavimentação. O valor da obra completa é de R$ 6.578.527,87 e, de acordo com o secretário municipal de Planejamento e Urbanismo, Gustavo Von Helden, a obra continua, apesar de estar no aguardo da liberação do Daer. “Enquanto não é liberado, a empresa segue trabalhando no restante da extensão da via, realizando a regulação da pista. A obra continua, não foi paralisada em nenhum momento”, destaca.
Os produtores de hortaliças Amália Gabriela Storch Agnes, de 35 anos, Gabriela dos Santos da Luz, 25 anos, e Jhonatan Luis Funari, 36 anos, moram no trajeto que aguarda a finalização da obra. “Poderia estar mais rápido, mas bom que está andando. Contudo, a poeira é terrível, está pior que antes, e deixa o trânsito mais perigoso, porque diminui a visibilidade. Além disso, já ajudamos a tirar uns três ou quatro carros da valeta”, conta Funari.
Já Gabriela reitera que está perigoso atravessar, com risco de ser atropelada. Amália também pontua que a poeira dificulta situações comuns no cotidiano, como a abertura da casa, e destaca que o movimento é um dos principais problemas. “O pessoal não respeita, não tem acostamento e mesmo assim os caminhões passam em alta velocidade”, frisa.
Funcionária do Mercado Aliança – localizado no trecho onde estão sendo realizadas obras de regulação da pista –, Angélica Cristina Eichelberger Schuster passa todos os dias pelo caminho. Ela considera que o barulho e a poeira não são os maiores problemas, pois todos tinham consciência de que aconteceriam. Entretanto, afirma que a demora da obra que irrita. “Essas coisas fazem parte, todo mundo precisa colaborar, sabemos que dará tranqueira e barro, estamos cientes. Se a obra anda, não nos importamos, o problema é que está demorando”, destaca.
Além disso, diversos moradores sinalizam para o medo nos dias de chuva, pois os trechos onde existe movimentação de maquinário e abertura de buracos, pode se tornar intransitável.
A realidade em Vila Deodoro
Outro local que recebe pavimentação atualmente é Vila Deodoro, onde 1,68 quilômetro está sendo asfaltado, no valor total de R$ 2,5 milhões, dando sequência ao asfalto já existente no centro do distrito. Von Helden informa que toda a parte de drenagem está pronta e a base está em andamento. De acordo com ele, foram feitos testes nas últimas semanas para quantificar o volume de material colocado e delimitar os valores que devem ser pagos para a empresa na primeira medição de serviço executado. “Com o tempo firme, a empresa deve retornar a obra em breve”, pontua.
Os moradores Liro Züge, Sônia Züge e Nelsi Kollin comemoram a obra. “Está ficando bonito, mas estamos esperando até o fim do prazo prometido para ver se estará concluída”, destaca Sônia.
Ruperti Filho
Na Avenida Ruperti Filho, serão pavimentados 330 metros, na extensão do Parque do Chimarrão. A obra havia sido interrompida durante a 16ª Festa Nacional Do Chimarrão (Fenachim), com o objetivo de não atrapalhar os expositores e, também, por conta da questão climática, mas já foi retomada. “A empresa já retomou a obra e ela deve estar concluída nos próximos dias também”, conclui o secretário Gustavo Von Helden.