Há seis meses, Micael foi contratado para trabalhar como motoboy para entrega de lanches. (Foto: Taiane Kussler/Folha do Mate)
Há seis meses, Micael foi contratado para trabalhar como motoboy para entrega de lanches. (Foto: Taiane Kussler/Folha do Mate)

Circular de motocicleta, durante horas, pelas ruas de Venâncio Aires, dá uma sensação de orgulho e liberdade para Micael Werle Pereira, 21 anos. Antes mesmo de trabalhar como motoboy, ele já admirava a profissão. O jovem aprendeu a dirigir uma motocicleta pela primeira vez seguindo as orientações do avô, José Valmor Pereira. “Sempre gostei de carro e moto e fui apegado a estas coisas. Quando criança, eu sempre tive vontade de dirigir caminhão, mas ainda não fiz a carteira para esse veículo”, afirma Micael.

Em consequência da pandemia, Micael deixou de trabalhar na indústria para atuar como motoboy. Há seis meses, foi contratado pela Susi Lanches Delivery para fazer entregas em Venâncio Aires, no turno da manhã e da noite. “Meus cunhados já tinham experiência com tele e me incentivaram a trabalhar nesta área. No começo, eu tive muitas dificuldades para encontrar os lugares de entrega mas, com o tempo, fui ganhando mais segurança”, recorda o motorista, que, quando estava em ‘apuros’, ligava para os amigos para pedir informações e referências para encontrar os endereços.

A profissão foi uma alternativa para evitar o desemprego mas, segundo ele, chegou para ficar. “Comprei a minha própria moto e comecei a trabalhar como motoboy. Acabei gostando desta liberdade e hoje estou mais realizado nesta profissão do que se fosse trabalhar em uma empresa, com horário fixo”, avalia Micael. Segundo ele, os serviços de tele-entrega cresceram em decorrência dos períodos de lock down, quando os estabelecimentos ficaram fechados. Contudo, assim que os restaurantes reabriram, a demanda foi normalizada.

Mesmo que Micael passe várias horas em cima de uma motocicleta, ele está sempre motivado a dirigir, até mesmo, nos fins de semana. “Além de trazer a sensação de liberdade, andar de moto é econômico e prático”, afirma o motociclista, que deseja levar esta profissão para a vida.

“No futuro, quero continuar trabalhando como motorista.”

MICAEL WERLE PEREIRA – Motoboy

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