Evandro Manganelli, 58 anos, veio de uma família de agricultores, que cultivava tabaco, no atual bairro Bela Vista. Com o objetivo de conquistar um emprego com carteira assinada, ele conseguiu se inserir no mercado de trabalho aos 18 anos.
Ele recorda que foi selecionado para servir no quartel, mas optou pela área de vendas. Em fevereiro de 1983, começou a trabalhar como balconista na Hansel Jaeger e Cia Ltda, uma loja especializada na venda de tintas, hidráulica, pisos e azulejos, (que estava localizada na esquina da rua Júlio de Castilhos com a Barão do Triunfo). “Para conquistar a vaga no setor de cobrança e de balcão eu tive que fazer uma prova de cálculos a mão”, recorda.
Segundo ele, no início, foi difícil se adaptar, mas com o auxílio dos colegas, ele foi se aperfeiçoando. “Depois que fiz o teste e cursos na área, fui me aprimorando e gostando cada vez Em abril deste ano, Manganelli foi contratado para trabalhar como balconista na empresa Porto Cores. “Aqui é um lugar muito bom de trabalhar. Para mim, é uma segunda família”, destaca o profissional.
Segundo ele, para se destacar como balconista, em primeiro lugar, é preciso ter vontade de trabalhar e atender bem aos clientes, para que saiam da loja satisfeitos e sem dúvidas.
Durante a atuação na área, o balconista teve que enfrentar vários desafios. Ele enumera que a mudança das notas manuais para o sistema digitalizado foi o principal deles. Das situações que mais marcaram na profissão, ele destaca que ocorreu durante o atendimento de um cliente. “Eu estava no balcão e chegou uma senhora falando em alemão que gostaria de comprar uma tampinha de pia. Eu não dominava o idioma e chamei o meu colega Osvaldo, que também não havia entendido nada”, recorda, sorrindo. Para solucionar o problema de comunicação, os balconistas tiveram que chamar uma colega do escritório para ajudar a cliente.
