Foto: Arquivo / Folha do MateGerson Ruppenthal: afastamento determinado pela Justiça
Gerson Ruppenthal: afastamento determinado pela Justiça

O vereador Gerson Ruppenthal (PDT) esteve ontem à tarde no Legislativo Municipal para assinar a ‘papelada’ que documentou seu afastamento da Câmara. Condenado por violação de direito autoral e porte ilegal de arma, o pedetista teve seu desligamento providenciado pelo presidente da Casa, José Ademar Melchior, o Zecão (PMDB), que consultou o juiz eleitoral João Francisco Goulart Borges. “Ele me disse que deveria afastar o vereador imediatamente e eu cumpri a determinação da Justiça”, afirma Zecão.

Zecão já havia consultado o Instituto Gamma de Assessoria a órgãos Públicos (Igam) sobre o tema e encaminhado ofício ao Cartório Eleitoral para se aconselhar a respeito da situação. Entretanto, ele preferiu não perder mais tempo e buscar o contato com a Justiça Eleitoral, já que tinha preocupação com eventual apontamento à presidência. “Nos últimos dias a questão estava repercutindo com mais intensidade e nós sabíamos que poderia acabar nisso (afastamento). Mas ainda não é definitivo”, diz o presidente.

A manifestação do peemedebista em relação ao não encerramento do assunto leva em consideração a audiência de Gerson Ruppenthal na Justiça marcada para o dia 9 de maio. Na oportunidade ele vai tentar transformar a pena de prestação de serviço comunitário em punição pecuniária (em dinheiro), o que garantiria o direito de depositar o valor fixado e estar quites com a Justiça. Eduardo Kappel – advogado de Ruppenthal e que também é vereador – acredita em reviravolta no caso. Ele alega que o cliente não tem como cumprir o serviço comunitário: “Ele tem comércio, bailão e táxi. Como vai trabalhar?”, questiona.

SEM REELEIçãO – Além de ser afastado da Câmara, Gerson Ruppenthal não poderá concorrer à reeleição no pleito de outubro próximo. A não ser que sua defesa consiga reverter a situação na Justiça, o pedetista, que é apontado como um dos mais forte candidatos para o Legislativo, terá de enfrentar a frustração com o impedimento político. O juiz eleitoral João Francisco Goulart Borges, em entrevistas, já indicou que é improvável uma reversão de cenário. O advogado Eduardo Kappel garante que, se o pedido do cliente não for atendido pela Justiça local (transformação dos serviços comunitários em punição pecuniária), “a defesa vai impetrar tudo o que for cabível dentro do Direito, porque juiz daqui não é Deus”.

NERY ASSUME – A cadeira deixada por Ruppenthal será de Neri Luiz da Silveira, primeiro suplente do PDT, que fez 628 votos na eleição de 2012. Ele já assumiu como vereador nesta legislatura e, com o afastamento do colega de partido, passará a ser titular no Legislativo. Morador do bairro Aviação, diz que estará à disposição da comunidade para intermediar demandas populares junto à Prefeitura. Ontem, ele já providenciava seu desligamento da Secretaria Municipal de Agricultura, onde exercia um cargo de confiança. Neri Silveira é figura assídua nas sessões legislativas e terá oito meses como vereador até o fim de 2016.

Foto: Arquivo / Folha do MateNery da Silveira: oito meses de trabalho pela frente na Câmara
Nery da Silveira: oito meses de trabalho pela frente na Câmara