Mesmo após efetuar o corte de horas extras e medidas para suspender o pagamento de convênios feitos ainda no governo de Tarso Genro, a equipe de José Ivo Sartori prepara um novo pacote de medidas para garantir eficiência econômica ao caixa estadual. Entre as ações que serão adotadas estão a venda de imóveis de propriedade do estado, privatizações, extinções e fusões de órgãos públicos.
As propostas que serão apresentadas à população na metade de fevereiro, provavelmente após o Carnaval. As medidas se aliam ao decreto que cortou as horas extras em 40%, proibiu viagens e congelou os pagamentos de contas deixadas pelo governo passado. A próxima fase do ajuste deverá trazer medidas que dependem de aprovação da Assembleia e, em caso de privatizações, precisam passar por um plebiscito.
O Banrisul está fora da proposta de órgãos e entidades que podem ser repassadas a iniciativa privada. Para a administração das estradas estaduais uma das propostas é a de federalização, destinando as rodovias para a propriedade da União. A extinção do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), com a transferência de suas atribuições para a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), que tem uma estrutura mais ágil, está, por hora, descartada.
Das empresas que o governo gaúcha planeja de privatizar estão a Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa), que dificilmente encontrará comprador, pelo passivo acumulado, e a Companhia Rio Grandense de Artes Gráficas (Corag), embora tenha lucro, está ameaçada.