Os prefeitos que compõem a Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) formarão um Grupo de Trabalho para buscar soluções em relação a manutenção dos hospitais da região, em virtude dos atrasos, dos repasses do Estado.
A intenção é propor medidas, que garantam a sobrevivência de hospitais, principalmente, os de pequeno porte, como é o caso de Vera Cruz, Sinimbu, Encruzilhada do Sul e Vale do Sol. Os prefeitos e secretários de Saúde, destes municípios, sugerem a criação de convênios para prestar serviços especializados nestes locais para mantê-los em funcionamento. A proposta foi apresentada, na manhã de ontem, durante reunião da Amvarp, em Santa Cruz do Sul. Durante o encontro, que tratou especialmente sobre a situação da área da saúde, a prefeita de Vera Cruz, Rosane Tornquist Petry, afirmou que o hospital da cidade, por exemplo, que tem estrutura cedida pela prefeitura, passa por sérias dificuldades em virtude dos atrasos nos repasses. “Peço socorro e que nos ajudem para sobrevivermos”. Gestores destes municípios temem que os atrasos nos repasses, pelo governo do estado, possam obrigar as instituições a fechar as portas. Segundo o presidente da Amvarp e prefeito de Passo do Sobrado, Caio Baierle, o atendimento nestas cidades está prejudicado já que houve redução do quadro de funcionários. O grupo será referendado durante o próximo encontro, que ocorre no dia 6 de maio, durante a abertura da Fenachim, em Venâncio Aires, às 9h. Segundo Baierle, o grupo irá elaborar um documento e encaminhar ao secretário de Saúde do Estado, João Gabardo, e ao governador, José Ivo Sartori, pleiteando atenção necessária para a área “neste momento crítico que vive os pequenos hospitais regionais do Vale do Rio Pardo” e também devem estruturar um planejamento regional na área da saúde. O presidente da Amvarp disse que o último repasse feito pelo Estado, aos municípios e instituições hospitalares, é referente ao mês de fevereiro e, o recurso, não veio integralmente. Segundo ele, os hospitais nos municípios sobrevivem graças ao suporte financeiro que as Administrações Municipais fazem para garantir a manutenção da prestação do serviço.
Atendimento regionalEle disse que o atraso dos repasses fez o Hospital de Santa Cruz fechar a “porta de entrada” para sete municípios da região conveniados. Os atendimentos foram restabelecidos depois de uma liminar que garantiu a liberação dos recursos. De acordo com a reitora da Unisc, Carmem Lúcia de Lima Helfer, e detalhou a situação da instituição hospitalar aos gestores municipais durante o encontro, o déficit do hospital é de R$ 70 milhões, em virtude dos atrasos e defasagem dos repasses.