Uma obra de asfaltamento iniciada há cerca de um ano ainda não foi concluída por haver uma casa abaixo do nível do asfalto, próximo a esquina das ruas Júlio de Castilhos com Clóvis Pereira de Carvalho. Na residência, o safrista e pedreiro Mauro Ruppenthal, 60 anos, vê as máquinas e a sinalização em torno do acesso para sua moradia.
Morador da localidade há 36 anos, divorciado e pai de Jana Luiza Ruppenthal, 21 anos, Mauro e a filha vivem um impasse: entrar e sair do terreno. “é complicado o acesso aqui. Eu entendo o progresso e inclusive assinei para aprovar a obra da rua”, conta. Como possível solução do problema, Mauro relata que seria aterrar a área onde sua casa está. “Aterrar e construir em cima resolveria, mas eu perderia as árvores nativas que tenho nos fundos”, diz.
Visando o progresso de Venâncio Aires e um projeto de pavimentação em diversas ruas, a conclusão da obra está sendo interrompida por um buraco com cerca de 5 metros de profundidade que dá acesso a casa de Mauro.
Procurando entender o caso e achar uma possível solução, a Folha do Mate buscou informações com a Secretaria de Planejamento. Segundo o Secretário Lúcio Konzen, a situação é complicada e a Secretaria procura medidas para resolver o problema do morador. “Estamos buscando uma alternativa. Temos que apresentá-la e esta alternativa será em conjunto com o morador”, afirma.
Conforme Konzen, os empecilhos não são somente em função da pavimentação. “Temos que fazer também uma calçada, então é uma situação realmente complicada”. E quando questionado sobre o tempo de espera da conclusão da obra, o secretário revela que estão analisando a situação para não haver um desperdício de gastos na localidade. “Estudamos internamente as alternativas para não gastarmos e talvez criarmos um problema ainda maior futuramente”, relata.
Vamos colocar as alternativas no papel e no momento que tivermos o projeto que está em execução, passará quase que uma aprovação de Mauro. Dificilmente vamos adotar uma solução sem o respaldo ou posição do proprietário
Lúcio KonzeEx Secretário do Planejamento
Para o secretário, a principal questão é o acesso do morador. As obras ainda devem demorar para serem concluídas enquanto não encontrarem uma solução viável e acessível para Mauro. “Ele precisa entrar e sair da residência livremente. Ele não tem carro, mas pode ter e, para isto, deverá ter este acesso”, frisa.