Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) as doenças relacionadas ao tabaco, como os problemas cardiovasculares, são responsáveis pela morte de, aproximadamente, cinco milhões de pessoas por ano. As estatísticas até 2020 assustam: o número sobe para dez milhões, sendo que 70% das perdas ocorrerão em países em desenvolvimento.

No Brasil, uma recente pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, por meio do Instituto Nacional de Câncer (Inca), indica que 18,8% da população brasileira com mais de 15 anos é fumante. Houve uma diminuição de 40% no número de fumantes nos últimos 25 anos. A prevalência de fumantes é maior entre as pessoas com menos de oito anos de estudo e maior entre os homens do que entre as mulheres.

Comemora-se neste sábado o Dia Nacional de Combate ao Fumo. A data tem o objetivo de reforçar as ações de sensibilização e mobilização da população para os danos sociais, políticos, econômicos e ambientais causados pelo tabaco. Criado em 1986 pela Lei Federal 7.488, foi a primeira legislação em âmbito federal relacionada à regulamentação do tabagismo no Brasil.

Para as ações de 2015, o tema escolhido foi o narguilé e a iniciação ao fumo. De acordo com dados do Ministério da Saúde, o consumo do narguilé vem aumentando, principalmente entre jovens do sexo masculino.

 

De uso coletivo e aparência exótica, o narguilé pode parecer menos nocivo que outros produtos de tabaco fumados, por usar um filtro d’água e, muitas vezes, aromatizantes e flavorizantes (aditivos que conferem aroma e sabor agradáveis ao tabaco). Mas usado em longo prazo, assim como todos os produtos de tabaco fumados, causa câncer de pulmão, boca e bexiga, estreitamento das artérias e doenças respiratórias. Além disso, ao compartilhar o narguilé com outros usuários, o fumante pode ficar exposto ao vírus do herpes, a outras a doenças da boca, à hepatite C e à tuberculose.