Hospital investe em diferenciais no setor de alimentação

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Comida de hospital sempre desperta algum tipo de comentário. Existem as pessoas que gostam e chegam a elogiar, mas em muitos casos ela acaba gerando críticas, principalmente pelo sal e pelos temperos reduzidos. Na verdade, o problema não é da comida em si, mas da dieta prescrita pelo médico para determinado tratamento hospitalar. A indicação do profissional faz com que a equipe de nutricionistas e de cozinha das instituições tenha que se adequar e pensar em alternativas para tornar o momento de comer o mais saboroso possível, afinal, a alimentação pode fazer muita diferença na saúde do paciente.

Pensando nisso, o Hospital São Sebastião Mártir (HSSM) começou, na última semana, um projeto experimental de substituição das bandejas onde eram servidas as refeições por kits de louça. A alteração, por enquanto, abrange apenas a Unidade Azul, que atende convênios e particulares. No entanto, conforme explica a nutricionista Geane Caetano, a ideia é ampliar a medida no futuro para os demais setores. Ela e Ana Paula Becker são as profissionais responsáveis pelas mudanças.

Na Unidade Azul, são servidas em média 20 refeições no almoço. Em todo hospital, o número aumenta para uma média de 90 refeições, o que impossibilita a implantação de forma imediata. Geane comenta que, além do custo da louça, também existe a questão de logística, pois preparar os pratos demanda mais tempo dos funcionários da cozinha.

A nutricionista destaca que a gastronomia hospitalar é uma forma de deixar a alimentação mais agradável durante o período de internação. “Em casa, cada paciente tem um jeito de preparar os alimentos, no hospital é diferente e a aceitação é mais difícil nas bandejas”, afirma. Ela ressalta que a ideia é montar os pratos com um acabamento especial: “A apresentação fica mais bonita. Eu percebo diferença até na quantidade que as pessoas comem. A gente sabe que come muito pelos olhos”.

Mesmo com a nova apresentação, Geane salienta que foi mantido o padrão de sabor: “Continua sendo uma comida que a nossa população está acostumada, a gente manteve a comida caseira que já era feita. Além disso, não nos descuidamos das dietas prescritas”. Outro diferencial é que agora a comida chega mais quente aos quartos. “No prato de louça ela é aquecida praticamente antes de ir para o paciente. Com as bandejas não é possível fazer o mesmo”, diz.

Janta

Os pacientes de convênios e particulares também possuem agora um novo serviço de janta. A pessoa pode escolher entre sopa ou o prato do dia, que pode ser uma massa, lasanha ou outro tipo de comida. O sistema também deve ser ampliado em breve para os outros setores do hospital.

Dieta pastosa

A nutricionista do HSSM cita que outra alteração recente na parte de alimentação da instituição é em relação à dieta pastosa, ingerida geralmente por pacientes idosos, que tiveram um Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou por pessoas com dificuldade de deglutição. Antes, os alimentos eram todos liquidificados juntos e servidos. Agora, são preparados purês separados, o que segundo Geane melhora o aspecto da comida.

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