Foto: Reprodução / IFSulIFantasy reproduz campus como cenário do jogo
IFantasy reproduz campus como cenário do jogo

Pode parecer algo distante da realidade do ensino médio no Brasil, mas estudantes entre 15 e 18 anos têm trabalhado no desenvolvimento de jogos eletrônicos junto ao Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul) de Venâncio Aires. Os projetos colocam o mundo virtual dos games a serviço da educação. Fantasia e realidade se misturam com o objetivo de promover reflexões sobre questões do cotidiano.

Tudo isto tem nome: trata-se da gamificação. De forma mais específica, ela consiste na aplicação de conceitos, design e mecânicas do mundo dos games para estimular o engajamento, participação e comprometimento das pessoas na resolução de situações do mundo real. Na educação, a gamificação pode ser usada para quebrar a monotonia das aulas e, assim, despertar o interesse dos alunos pelo conteúdo a ser estudado.

No IFSul de Venâncio Aires, dois projetos de pesquisa voltados à criação de games estão em desenvolvimento por meio da concessão de bolsas da Pró-reitoria de Pesquisa (Propesp).

BOB: O AMIGO DO MEIO AMBIENTE

Foto: Reprodução / IFSul“Bob” traz tarefas que estimulam a sustentabilidade
“Bob” traz tarefas que estimulam a sustentabilidade

O mais antigo deles, cuja ideia surgiu em 2014, o “Brincando e Aprendendo com Bob: o amigo do meio ambiente” consiste no desenvolvimento de um aplicativo, a ser executado em dispositivos móveis (tablets ou celulares), com o objetivo de proporcionar jogos que promovam a conscientização ambiental em crianças de cinco a dez anos. Atualmente, o projeto é executado pelos estudantes do 4º ano do Curso Técnico em Informática – que funciona de forma integrada ao ensino médio, Amanda Marques Janisch e Daniel Brenner Seitenfus, ambos com 18 anos. A orientação é do professor da área de computação Fábio Lorenzi da Silva.

IFANTASY: REALIDADE E FANTASIA CONSTRUINDO A EDUCAçãO

Foto: Reprodução / IFSulNo IFantasy, o jogador é levado ao mundo de Levi, um adolescente que está a ingressar em um instituto federal
No IFantasy, o jogador é levado ao mundo de Levi, um adolescente que está a ingressar em um instituto federal

Já o “Ifantasy: realidade e fantasia construindo a educação” começou a ser desenvolvido no ano passado e consiste em um Role-Playing Game (RPG), sigla inglesa que em português significa “jogo de interpretação de personagens”. Neste gênero de videogames, os jogadores desempenham o papel de um personagem em um cenário fictício.

No IFantasy, o jogador é levado ao mundo de Levi, um adolescente que está a ingressar em um instituto federal. Pensado para estudantes do ensino fundamental e novos alunos do IFSul, tem como objetivo apresentar o campus e promover reflexões sobre temas que envolvem convivência, como o bullying. Uma versão beta está programada para ser apresentada durante a Movaci, que tem início no dia 28.

O projeto é desenvolvido pelos alunos Lucas Jandrey Leismann, de 16 anos, Jaqueline Larissa Dhein, de 16 anos, e Amanda Gabriele Ribeiro, de 15 anos. Eles cursam o 2º ano do Curso Técnico em Informática. O IFantasy tem Cristian Oliveira da Conceição como orientador.

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