No Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul) de Venâncio Aires, a preocupação não está apenas em preparar pessoas para atuar no mundo exterior, mas também no interior. Tem ganhado espaço na instituição a preocupação com qualidade de vida e, por isso, passaram a ser ofertadas atividades que visam relaxar o corpo e a mente e, assim, auxiliar a comunidade do campus a ficar mais ‘zen’ para enfrentar os estresses do dia a dia.
As práticas consistem em meditação, massagem, yoga, reiki, lian gong e bate-papo em que os participantes podem ‘colocar para fora’ o que sentem e pensam sobre determinados temas. As atividades são conduzidas por três servidoras, que são a psicóloga Ana Luiza Bittencourt, a técnica em assuntos educacionais Marucia Degli Sgualdi e a chefe de gabinete da direção geral do campus, Danielle Schweickardt. Estas possuem qualificação para ministrar as atividades e visam disseminar as práticas para que os participantes obtenham mais qualidade de vida.
Segundo Danielle, as atividades abrangem os estudantes, servidores e funcionários terceirizados e são disponibilizadas em horários especifícos para possibilitar a participação dos interessados e não prejudicar o andamento dos trabalhos no campus. Ela afirma que os cerca de 30 minutos dispensados para determinada prática contribuem para a melhoria da qualidade do trabalho, estudo e percepção da realidade, além de servirem de estímulo à integração entre as pessoas. No próximo ano, Danielle menciona que a intenção é democratizar a ideia e possibilitar a participação da comunidade.
NECESSIDADE DOS DIAS ATUAIS
O trabalho teve início durante a última edição da Mostra Venâncio-airense de Cultura e Inovação (Movaci) realizada em setembro deste ano, quando um espaço zen foi criado e oficinas foram disponibilizadas aos participantes. A procura foi intensa. “Nós vimos que seria bom manter isso de forma permanente”, diz Marucia.
Ela acrescenta que se nota um nível de preocupação e estresse muito grande entre as pessoas, o que aponta para a necessidade de encarar a vida de uma forma mais leve, inclusive, como forma de contribuir com a coletividade. “O objetivo das práticas é buscar estar sempre atento ao que acontece no nosso redor, mas de modo que nós possamos decidir o quanto determinado fato vai influenciar a nossa vida.” Como cita Marucia, a vida dita moderna tem feito as pessoas agirem de modo mecânico, sem pausas para relaxar e refletir sobre o quanto esse ritmo pode ser prejudicial à qualidade de vida.