Igreja evangélica sedia recital de piano e contrabaixo

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Aos 6 anos de idade, André Luiz Henz, conhecido como Nino, começou a ousar e ‘arranhar’ alguns acordes no violão por influência do seu primo Alexandre Schuh, que o ensinou a tocar nas férias do colégio. Porém, com 8 anos ele começou a fazer aulas com o professor Paulo Schonart para aprender a tocar o instrumento. “Sempre tive a influência musical presente na minha vida, tanto por parte de mãe quanto de pai”, conta. O contrabaixo surgiu em sua vida aos 13 anos. “Vi um cara tocando e nem sabia o que era aquilo, mas prendeu minha atenção pela sonoridade grave que tinha”, lembra.

Nino sempre estudou informalmente violão e contrabaixo, entretanto, há 3 anos começou a faculdade para estudar música erudita.  Na sua opinião, os estilos musicais de hoje são descendentes do estilo erudita. “Foi ela quem surgiu antes de qualquer gênero e abriu o caminho para que hoje pudéssemos ouvir tanta coisa diferente”, opina. Atualmente cursa o quinto semestre de Bacharelado  em Contrabaixo na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs).

O transtorno de ter que viajar todos os dias de  Caxias do Sul, onde seus trabalhos estão centrados,  para Porto Alegre, cidade em que estuda, faz com que desanime. “Fico no vai e vem toda a semana, chegando a fazer 1 mil quilômetros por semana”, conta. “Tudo isso é recompensado porque, além de fazer o mais gosto, tenho o privilégio de poder estudar numa das melhores universidades de música do Brasil”, enfatiza. Há 15 anos reside no município da serra e conta que não realiza muitas apresentações fora da região pois não consegue conciliar viagens e estudo. “Toco muito em Bento Gonçalves, Garibaldi, Gramado, Canela, aqui e cidades próximas”, afirma. Segundo Nino, aquela é uma região muito boa para trabalhar.

Desde os 8 se apresenta em festas e, por treze anos, tocou em bailes. No início acompanhava seu pai, que toca acordeon. Contudo, foi a banda Lucille que impulsionou sua carreira. “A partir de lá as pessoas começaram a me ver com outros olhos e com mais respeito. Também passei a ser mais conhecido”, compartilha. Nino participou dos dois CDs que a banda produziu, um de músicas próprias e o RockÂ’n Bar com releituras dos clássico do rock internacional.“Um belo trabalho para quem curte rock”, sugere.

“Atualmente toco em um trio chamado Los Infernales, junto com Hernán Gonzáles – argentino que tocava comigo na Lucille e hoje faz parte da Vera Loca. Ele toca, além de outros estilos, muita música do pop latino”, define. Nino também já tocou vários estilos musicais. “Não tenho nenhum problema e nem preconceito com isso”, afirma. O músico participa também da Orquestra de Sopros de Caxias do Sul.

O músico está no seu segundo CD instrumental. O primeiro foi gravado quando ele tocava numa banda de Caxias, chamada Pimenta do Reino. “Já gravei outros CDs instrumentais, mas de outros artistas, nos quais fui contratado para executar o baixo”, diz. A produção mais recente foi a participação na gravação de Oscar dos Reis, um dos mais renomados acordeonistas do país. “Ele me chamou para gravar em um CD de um aluno dele”, conta com orgulho. “Nas gravações instrumentais, tenho muitas parcerias e várias músicas que são de outros compositores. Mas tenho meu CD de músicas próprias, canto e toco quase todo o instrumental”, compartilha.

Amanhã, Nino Henz estará na cidade apresentando um recital de contrabaixo e piano com Elda Pires, professora de música da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa). A apresentação se inicia às 19h, na Igreja Evangélica, e o ingresso será um agasalho para a campanha do Kzaquinho. Serão exibidas peças do período Barroco, músicas que foram tocadas na corte, principalmente com ritmos dançantes, culminando com música do período romântico.

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