A legislação brasileira diz que os alunos com deficiência devem, preferencialmente, ser atendidos na rede regular de ensino. Nesse sentido, a inclusão coloca-se como um desafio. Um objetivo a ser alcançado. Exigindo o esforço de gestores, professores e pais para que esses estudantes superem as suas limitações e obtenham resultados satisfatórios no processo de aprendizagem.
Exemplo de aluno incluso na rede regular de ensino de Venâncio Aires, Wellington Schwendler, 14 anos, possui diagnóstico de deficiência intelectual. Ele está na 7ª série, na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Dois Irmãos. Em pelos menos um dia da semana, no turno oposto, o garoto conta com o suporte da Sala de Recursos Multifuncionais do colégio, onde encontra atendimento educacional especializado.
Wellington faz uso local desde 2012, e reconhece a importância desse serviço para aprofundar o entendimento do conteúdo tido em sala de aula. “Aqui tem diálogo. As professoras conseguem dar mais atenção, coisa que dentro da sala de aula não tem como. Tu levanta a mão, outro levanta e daí demora até a professora chegar”, explica.A deficiência de Wellington, assim como de muitos outros estudantes, não está visível aos olhos, mas é um desafio para o seu aprendizado.
MAIOR DEMANDA
De acordo com Juliane Weiss Niedermayer, que atua como coordenadora da Educação Especial na rede municipal de ensino, a maior demanda, em Venâncio Aires, é de alunos com deficiência intelectual. “Muitas vezes, a criança chega na escola e isso ainda não foi detectado.”
Ela diz que, normalmente, a professora percebe que o o ritmo de aprendizado do aluno é defasado em relação com a sua idade e a série na qual ele se encontra. é aí que começa o trabalho de investigação do caso.
O serviço de orientação pedagógica é comunicado e o estudo normalmente começa com uma avaliação pedagógica – realizada por um professor especializado de uma das Salas de Recursos Multifuncionais da rede – seguida de atendimento junto ao Centro Integrado de Educação e Saúde (Cies), que recebe tanto os alunos da rede municipal quanto das redes estadual e particular.
Em busca da melhor forma de incluir
Como explica Juliane, a inclusão de alunos com deficiência nas escolas da rede regular de ensino do município conta com o suporte do Cies, que é responsável por detectar novos casos e, por meio de consultas médicas e orientações, dar suporte ao processo de inclusão dos alunos deficientes junto às escolas.
Os estudantes têm à disposição atendimento de orientador escolar, pedagogo, psicopedagogo, psicólogo, neurologista, fonoaudiólogo, fisioterapeuta e psiquiatra. Confirmadas as necessidades educacionais especiais, dá-se início ao processo de inclusão.
Segundo Juliane, prioriza-se o atendimento na rede regular de ensino, mas em função de condições específicas, que impossibilitem a integração em classes comuns, o atendimento poderá ser feito em classes, escolas ou serviços especializados, como a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). idades educacionais especiais.