Entre os dias 12 e 15, o município de Ilópolis, localizado na região serrana do Vale do Taquari, promoveu a 7ª Turismate, a festa da erva-mate. Entre as atrações, esteve a reunião do Mercado Comum da Erva-mate do Mercosul (Mercomate), realizada na tarde da sexta-feira, 13, e que contou com a presença de delegações da Argentina, Paraguai e Uruguai, de Santa Catarina e Paraná.O alerta sobre o excesso da oferta de erva-mate in natura foi dado pelo presidente do Sindicato das Indústrias do Mate do Rio Grande do Sul (Sindimate/RS) e empresário Gilberto Heck. “Há alguns anos, vivemos com o problema da falta da matéria-prima e hoje, a situação está bem ao contrário, ou seja, temos excesso de oferta”, frisou. Entre os fatores apontados está a recuperação dos ervais e o plantio de novas áreas. Quando houve a falta há alguns anos, os produtores investiram na recuperação dos ervais, os quais agora estão no auge da produção e, além disso, o consumidor diminuiu o tamanho da cuia e compra menos erva.Heck defendeu a necessidade de se buscar alternativas e novos produtos e subprodutos para fora da cuia, além de novos mercados e evitar que haja excesso de erva-mate estocada nas indústrias. Os representantes dos Sindicatos do Mate de Santa Catarina e do Paraná, fizeram coro à manifestação de Heck, e defenderam a continuidade do setor pois, se o excesso de oferta se mantiver, há o risco dos produtores novamente pararem de investir na cultura. Além disso, colocaram outros problemas, como as exigências do Ministério do Trabalho e Emprego na contratação dos tarefeiros. O ministério exige que as próprias indústrias colham a erva-mate.Situação semelhante enfrentam as cadeias produtivas da Argentina e do Paraguai.