Completa hoje um ano da assinatura do decreto de intervenção do Hospital São Sebastião Mártir (HSSM). Desde 20 de julho de 2011, a instituição é administrada por uma comissão. Durante o período, diversas mudanças aconteceram com o objetivo de garantir a continuidade dos serviços e a recuperação financeira da casa de saúde.
Gisele Spies Chitolina, presidente da comissão intervencionista, avalia a intervenção como uma medida importante: “A intervenção foi uma medida necessária e imprescindível para a manutenção dos serviços e para a preservação da instituição”. Ela destaca o período como positivo na reestruturação da administração do hospital: “Vejo que a intervenção completa um ano com imenso êxito em seus propósitos, tendo proporcionado a recuperação e melhoria da instituição sob diversos aspectos”.
O prefeito Airton Artus que assinou o decreto de intervenção, concorda e acrescenta: “O grupo intervencionista mudou a gestão, fazendo-a de uma forma mais transparente e eficaz, mantendo os serviços e até ampliando a oferta. A folha de pagamentos foi colocada em dia e foi conquistado um clima de paz e harmonia entre funcionários, a classe médica e a comunidade. Nesse sentido, a intervenção teve um resultado que podemos considerar muito positivo”.
Entre as mudanças que ocorreram após a comissão assumir o HSSM, Gisele salienta a obtenção das certidões negativas que habilitam o recebimento de verbas provenientes de emendas parlamentares. Ela cita também os avanços e recursos conquistados na busca da ampliação de serviços da instituição, em especial os recursos obtidos para conclusão da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e o aporte de R$ 1 milhão, valor obtido junto ao Governo do Estado para auxiliar a instituição.
Como atividades prevista para os próximos meses, a presidente da comissão ressalta a gestão da dívida e renegociação com credores, a ampliação do faturamento com particulares e convênios e a consolidação da gestão assistencial. Ela ainda reforça a organização para que a UTI entre em funcionamento. “Agora, nosso enfoque principal será a conclusão e inauguração da UTI, bem como a concretização de ações que propiciem sua manutenção”, afirma.
Histórico
Na manhã de 20 de julho de 2011, o prefeito Airton Artus assinou o decreto municipal n° 4.912, que determinou a intervenção no Hospital São Sebastião Mártir por 180 dias, podendo ser prorrogado. O documento destituiu o presidente Milton Deves e toda diretoria da casa de saúde, inclusive o setor administrativo, liderado por Fernando Becker. Na mesma data, foi nomeada uma comissão de dez pessoas, que passou a gerir a instituição
O objetivo da medida era garantir a continuidade dos serviços prestados à comunidade. Além disso, recuperar o equilíbrio econômico e financeiro do hospital, com um novo modelo de gestão. O documento declara “Estado de Perigo Público Iminente de interrupção na prestação de serviços hospitalares no Município e de Urgência na Saúde Pública do Município, em decorrência da interrupção no atendimento de procedimentos cirúrgicos eletivos”.
O prefeito assinou o decreto e imediatamente comunicou o juiz da Comarca, João Francisco Goulart Borges sobre o fato, que abriu uma nova instância na discussão que vinha sendo mediada por Borges, para renovação de contrato entre unidade de saúde e Município.
A partir de então, todas as medidas administrativas passaram a ser tomadas pela comissão intervencionista, presidida no primeiro momento por Oli Diniz Zorzo e atualmente por Gisele Spies Chitolina.
Confira mais detalhes na edição impressa desta sexta-feira, 20 de julho.