Izaura Bergmann Landim, 49 anos, natural de Linha Marmeleiro, retorna à Câmara de Vereadores em 2017 ao ser a segunda vereadora mais votada do pleito, somando 1.750 votos feitos em 159 urnas. Com a saúde como sua bandeira e área na qual trabalha há 21 anos, ela liderou quase toda a apuração dos votos no domingo, 2.
“Durante a minha caminhada tive a sensação de fazer muitos votos. Pois as pessoas que votam em mim veem confiança, que é algo que não se constrói em um mês, mas que vem sendo construído nos últimos anos. Sempre digo que meu maior patrimônio é a confiança que as pessoas depositam em mim, seja como vereadora, enfermeira, como pessoa”, enfatiza ela.
Casada há 30 anos com Paulo Landim, mãe de Ricardo e Paulo César, Izaura é enfermeira, graduada pela Univates em 2005. No Hospital São Sebastião Mártir trabalhou na copa, na recepção e depois como auxiliar de enfermagem. Concursada pelo Município há 21 anos, atualmente é enfermeira no posto de saúde do bairro Gressler. Além disso, é professora do curso técnico em enfermagem do Erico Verissimo, cujas as aulas ocorrem no Colégio Oliveira Castilhos. Ela também é sócia-fundadora da Ong Alphorria.
A segunda mais votadaAo fazer os 1.750 votos, Izaura lembra que é a mulher mais votada como vereadora da história de Venâncio. A expressiva votação se deve, segundo ela, a confiança das pessoas conquistada ao longo dos anos. “Eu independente de ser ou não vereadora, qualquer pessoa sabe que pode bater na minha porta, e sei que posso chegar na casa de qualquer pessoa, do mais rico ao menos favorecido. Tenho muitas pessoas que me ajudaram nessa caminhada, algumas que ainda nem sei quem são, mas que acreditam em mim.”
Na eleição municipal de 2012, Izaura, na época candidata pelo PP, fez 806 votos, no entanto, devido ao coeficiente eleitoral, não conquistou uma vaga no Legislativo. Mas ela ressalta que, de volta à Câmara, quer mostrar o potencial feminino. “Quando fui vereadora em 2009, fazia anos que mulheres não assumiam uma cadeira na Câmara. Depois, em 2012, apesar da minha votação, acabei não entrando devido ao coeficiente eleitoral, mas outras três mulheres conseguiram e agora começaremos a legislatura com quatro mulheres ou quem sabe cinco, então temos essa responsabilidade de representar bem e que as mulheres se coloquem a disposição, criem coragem, mostrem seu potencial, nós podemos sim.”
Foi eleita. E agora?Ao ingressar no PMDB, partido que apoiou a terceira via liderada pelo candidato a prefeito Vinícius Medeiros, Izaura acredita que a presidência da Casa está descartada. “Até já presidi a Câmara [em 2011], tenho experiência, mas por ser da oposição e por a coligação vencedora ter o maior número [oito] na Câmara, não acredito que isso vá acontecer. Mas não estou fechada para nenhuma possibilidade, se vir a acontecer, não fujo de nenhuma responsabilidade.”
Ela que já foi secretária municipal da Saúde em 2008, enfatiza que, em caso de convite para dirigir a pasta, precisará analisar a situação, pois “as vezes um cargo mais elevado te afasta das pessoas. Até depois de comandar a secretaria de Saúde recebi o convite para assumir a pasta novamente, mas recusei, porque eu assumi um compromisso com as pessoas de ser enfermeira, e trabalhar na ponta é algo muito importante, porque podemos resolver o problema de pessoas através da escuta, humanização da saúde, coisas que talvez não conseguiria resolver como secretaria, mas sim como enfermeira, estando junto das pessoas.”Assim, Izaura garante que irá conciliar sua profissão de enfermeira com a de vereadora. “Não quero deixar minha profissão em função da política. Adoro ser enfermeira. Gosto e quero estar perto das pessoas.”
Na Câmara ela garante que será uma vereadora pró-ativa, independente de partido. “Farei uma oposição com muita responsabilidade, votando em tudo aquilo que é bom para as pessoas e para o município, com muita coerência.” Tendo a saúde como sua bandeira, Izaura garante que o leque de defesas será grande. “Meu conceito de saúde é muito amplo, saúde é ter estrada, ter emprego, agricultura, iluminação, sem violência, isso tudo reflete na saúde das pessoas.”
Entre os projetos ela destaca o apoio a implantação do centro oncológico no município, além de um centro de convivência para o idoso ou mesmo uma ‘creche’ para os idosos. “é muito desumano ver as pessoas passar o dia viajando e ficando fora de casa, assim como o centro de convivência, que já tínhamos no plano de governo em 2005, para um tratamento físico, mental e de cuidados, pois muitas vezes falta o básico, como higiene e uma alimentação apropriada.”
