Por Especial ADI/RS
A pandemia do coronavírus forçou uma nova realidade nos hábitos e comportamentos da sociedade. Neste contexto de mudança, as mídias sofreram transformações nunca antes experimentadas, em um curto espaço de tempo. Com isso, a relevância e a responsabilidade dos veículos de comunicação aumentaram, sobretudo, dos locais. “Com o impacto direto sobre todos nós, a pandemia criou a necessidade de obtermos informações locais, sobre nossa cidade, nosso bairro, nossa rua”, observa o presidente da Associação dos Diários do Interior do Rio Grande do Sul (ADI-RS), Adair Weiss.
Ele relembra as dificuldades dos jornais impressos de se mostrarem relevantes e influentes antes da pandemia, quando muitos achavam que os impressos acabariam. “Hoje, as pessoas podem até entrar pelas redes sociais, mas procuram nossos jornais e portais o tempo todo para checar. Elas querem confirmar, saber e entender o micro, o local, o serviço prestado em cada cidade ou comunidade. Com isso, nossa responsabilidade se amplia e confirma a credibilidade dos jornais. A sociedade retoma sua percepção sobre a importância destes veículos para a articulação e crescimento locais”, conclui.
Fontes mais confiáveis
A informação é corroborada pelo jornalista e consultor de meios de comunicação, Eduardo Tessler, que tem dedicado os últimos anos para compreender o fenômeno da transformação. Ele também percebe a retomada das mídias regionais e locais. “A população precisa de fontes mais confiáveis e mais próximas. É muito mais lógico eu ser de Lajeado ou Venâncio e confiar nos jornais da minha cidade do que acreditar nesses tantos sites que surgiram, sabe-se lá, de onde e que frequentam grupos nas redes sociais”, salienta.
Tessler ressalta que o crescimento dos meios regionais é um movimento verificado em todas as partes. Mas alerta ser necessário estes veículos de comunicação perceberem qual o seu nicho de atuação para não perderem audiência. Por isso, não basta replicar conteúdos nacionais e estaduais sem trazer o reflexo local destas notícias.
“Ainda se vê o erro de jornais de uma cidade de 50, 100 mil habitantes querendo falar de Brasília, ou do Flamengo. Não quer dizer que o governo federal não é importante, mas tem de entregar a informação mastigada, com o viés necessário para aquele povo, daquela localidade”, pontua.
“A população precisa de fontes mais confiáveis e mais próximas. É muito mais lógico eu ser de Lajeado ou Venâncio e confiar nos jornais da minha cidade.”
EDUARDO TESSLER – Jornalista e consultor
Credibilidade
O diretor de Conteúdo da Folha do Mate, Sergio Klafke, destaca a importância do relatório da Reuters. “Ele confirma que o que fazemos está no caminho certo, na medida em que os jornais locais e regionais ganham credibilidade, enquanto os grandes perdem. As pessoas acreditam em quem faz jornalismo como ele é, por todos os os lados, sem ideologias, e a Folha sempre teve isso muito presente em sua história, com foco no jornalismo local, oferecendo para a audiência também as informações nacionais ou mesmo internacionais, trazidas para a nossa realidade. Precisamos qualificar cada vez mais esta informação, que agora sai por três canais no grupo Folha do Mate, pelo jornal impresso nas páginas da Folha, pelo rádio com os microfones da Terra FM e pelo digital, pelas plataformas dos dois veículos, alcançando as pessoas onde eles estejam, em qualquer lugar do planeta”, frisa.
“Precisamos qualificar cada vez mais esta informação, que agora sai por três canais no grupo Folha do Mate: impresso, rádio e digital.”
SERGIO KLAFKE – Diretor de Conteúdo da Folha
Gráfico, abaixo, mostra que as mídias locais ascenderam em todo o mundo, com destaque para os jornais impressos como os mais confiáveis para a população.
Alcance mundial, mas com foco local
Além do jornal impresso, criado em 1972, a Folha do Mate produz diariamente conteúdo para as plataformas digitais. A Folha foi um dos primeiros veículos do interior do Rio Grande do Sul a apostar no jornalismo digital para ampliar a audiência, e consequentemente, o alcance de notícias locais, no começo dos anos 2000.
Além de disponibilizar a versão digital do jornal impresso, o site folhadomate.com é atualizado diariamente, com as principais notícias de Venâncio Aires, da microrregião e também assuntos que são notícia no estado e país, mas impactam no dia a dia de quem reside na região de cobertura.
O site folhadomate.com vem registrando um crescimento de audiência, ano após ano e, atualmente, chega a registrar cerca de 600 mil visualizações por mês. “Ao longo de 2020, registramos quase 7 milhões de visualizações de páginas no site. Neste ano, já alcançamos a marca de 3,3 milhões de visualizações nos primeiros meses do ano”, enumera a editora da Folha do Mate, Letícia Wacholz.
Conforme a jornalista, os relatórios de acesso mostram a preferência da audiência digital por assuntos e temas locais, que mexem com a rotina e impactam a comunidade. “A audiência está conectada todo tempo e busca informação precisa, correta e de credibilidade na palma da mão. A mesma tradição, respeito e responsabilidade que carregamos há quase cinco décadas na produção do impresso, prezamos no ambiente digital, que exige constante atualização e compromisso, ainda mais diante de tanta informação solta na rede e que precisa ser checada, verificada e detalhada para os leitores”, observa a editora.
A audiência on-line também ganha força com as redes sociais, onde são divulgados os links das notícias postadas no site folhadomate.com. Além disso, moradores de Venâncio e da microrregião recebem diariamente, por meio de uma lista de transmissão via WhatsApp, as principais informações do dia. O conteúdo da Folha também é repercutido e abastece a programação jornalística da Rádio Terra FM, emissora fundada há mais de 30 anos e que, em 2018, foi adquirida pela Folha.
Conectados
Além do site folhadomate.com, a Folha está conectada em outras plataformas digitais:
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