Com as malas já desfeitas, o grupo de Danças Folclóricas Alemãs Die Schwalben de Venâncio Aires abre o ‘baú de memórias’ e conta todas as experiências vividas ao longo da primeira turnê internacional realizada pela Alemanha no mês de agosto através do Ministério da Cultura.

Foto: Arquivo Pessoal  Adriana e o marido Gilmar Alexandre Azevedo em Füssen, no castelo Neuschwanstein
Grupo Die Schwalben no Castelo de Neuschwanstein

Para a integrante do grupo há 28 anos, Adriana Becker, que teve a honra de participar da turnê, não existem palavras que descrevam o momento vivido. “O que mais emociona é a possibilidade de viver a história de nossos antepassados”, destaca. Conforme ela, o grupo visitou a cidade de Hunsrück onde vieram os antepassados dos venâncio-airenses: “Foi emocionante escutar a história deles, porque saíram de lá, as necessidades que passavam”.

A gente se emocionou, mas viu muita emoção no rosto de quem assistiu, também

Adriana Becker, integrante

A emoção também fez parte da viagem. Segundo Adriana, aqueles que assistiam as apresentações se emocionavam e, alguns turistas inclusive questionavam sobre o cultivo da cultura e da língua alemã no Brasil.

Foto: Arquivo Pessoal  Grupo com as famílias que os receberam nas suas casas, na cidade de Göcklingen
Grupo com as famílias que os receberam nas suas casas, na cidade de Göcklingen

Outro ponto destacado pela integrante do Die Schwalben foi a culinária. “A que nós preservamos aqui, é diferente do que se vê lá”, diz. Além disso, levar a cultura alemã, que se perdeu com o progresso na Alemanha, é proporcionar um resgate história ao povo, pois, conforme Adriana, muitos desconheciam a forma como a cultura era cultivada no Brasil.

Foto: Arquivo Pessoal Adriana e o marido Gilmar Alexandre Azevedo em Füssen, no castelo Neuschwanstein
Adriana e o marido Gilmar Alexandre Azevedo em Füssen, no castelo Neuschwanstein

De cada lugar, deixou uma saudade no peito, conforme mesmo descreve Adriana. “Lugares pequenos, lugares maiores e em cada um, emoções e realidades diferentes”, lembra. A dançarina conta que nas festas do interior, por exemplo, não se tem música. “Porque a intenção é que as pessoas se reúnam e conversem sem música para que não atrapalhe esse momento de família e amigos”, salienta.

Experiência que foi compartilhada, pois o grupo se hospedou durante uma noite na casa das famílias alemãs. “Não vimos somente por fora, entramos e vivemos um pouco da realidade deles”, expõe.

VALORO presidente do grupo, Jair Becker, destacou que o sentimento das pessoas era muito intenso durante as apresentações. “Teve um senhora que percorreu mais de cem quilômetros para conferir três apresentações nossas. Todas as vezes ela nos abraçava e agradecia”, conta. Becker relata que além de conhecer a Alemanha e a áustria, puderam conhecer as preocupações de um país desenvolvido com sua energia. “Os investimento em alternativas de energia são bem visíveis em todos os lugares”, enfatiza.

Conforme ele, pode-se ver um país marcado pelas guerras e a capacidade de recuperação com investimento em sua economia. “Vivemos em um pais abençoado, em que nossos antepassados ajudaram a desenvolver. O que marcou esta imigração foram as guerras que nunca deveriam existir”, salienta.