“Sabemos que ficou ainda mais difícil, mas não vamos ensacar a viola”. A afirmação é de uma das lideranças emancipacionistas de Vila Palanque, Sérgio Mees, que há 12 anos convivia com a expectativa de que o distrito se tornasse um município. Ele admite que a frustração foi geral com o anúncio de que as emancipações, no Sul do Brasil, serão permitidas apenas em casos de comunidades com pelo menos 22 mil habitantes, mas garante que a mobilização vai continuar ocorrendo.
De acordo com Mees, as comunidades de Vila Palanque, Linha Herval, Linha Grão-Pará e parte de Linha Travessa vão manter os encontros mensais com a intenção de criar uma Associação Pró-Desenvolvimento do 6º Distrito. “Se não podemos ser município, temos que nos organizar para que os políticos saibam quais são as nossas demandas. Somos quase quatro mil pessoas”, contabiliza. O líder comunitário insiste que a emancipação é a maneira mais adequada para se garantir qualidade de vida aos moradores de distritos do interior e diz que “a colônia acaba ficando sempre de fora dos investimentos”.
Como exemplo de emancipação bem sucedida, Sérgio Mees cita o município de Mato Leitão. Ele diz que a cidade não parou de crescer depois que deixou de pertencer a Venâncio Aires. “Lembro que nem farmácia tinham, e hoje já são umas quatro à disposição. O progresso vem com o próprio povo e as indústrias vêm depois”, comenta. O morador sustenta que Vila Palanque está perdendo uma grande oportunidade de se desenvolver e melhorar o acesso à saúde e à educação. “Vai ser bem difícil viver sem este sonho. Em Venâncio a gente pede um patrolamente e espera até um mês. Em Mato Leitão, se bobear, o pessoal pede de manhã e, à tarde, a máquina está trabalhando”, compara Mees.
Confira a reportagem completa no flip ou edição impressa de 07/06/2014.