A Lei Orçamentária Anual (LOA) foi apresentada na manhã de sexta-feira, 27, e mantém a projeção de R$ 210,3 milhões para 2016 já estimada pela Lei de Diretrizes Orçamentárias. A peça não prevê novos investimentos, mas tem como prioridade, para o último ano de governo do prefeito Airton Artus, a conclusão de obras que ainda estão em andamento.

A projeção apresentada pela LOA prevê a viabilização da manutenção das estruturas e serviços prestados pela Administração voltadas ao atendimento dos cidadãos. A projeção de receita de Venâncio Aires é de R$170,7 milhões, seguido de uma receita voltada ao Fundo de Previdência dos Servidores da ordem de R$ 39,5 milhões. Valores que juntos totalizam R$ 210,3 milhões e representam um incremento da ordem de 8,01% em relação a 2015.Segundo a secretária da Fazenda, se em 2015 foi um ano de maior contenção de gastos, em 2016 o quadro deve se agravar. Por isso, o Município programou um orçamento bastante enxuto e solicita novamente a colaboração de todas as secretarias para manter o equilíbrio das contas públicas. “Em 2016 prevemos um ano bastante difícil, mas apesar da crise e dos baixos recursos, o nosso município é um canteiro de obras graças ao trabalho de captação de recursos realizado”.

As secretarias com as maiores despesas previstas são Saúde, Educação, Infraestrutura e Serviços Públicos, seguidos dos Encargos Especiais. Para saúde é projetado R$ 54,56 milhões, valor que representa uma participação no bolo orçamentário de 25,95%. Para a educação são R$ 39,34 milhões e representa 18,71%. Foi necessário um remanejamento dos recursos direcionados da saúde para educação, já que em 2016, o Município precisa garantir que 100% das crianças de 4 a 5 anos estejam matriculadas na educação infantil. Uma demanda que, segundo o secretário municipal de Educação émerson Elói Henrique vai exigir aproximadamente R$ 2 milhões a mais da pasta para viabilizar 13 novas rotas de transporte, recursos humanos, alimentação, material e conservação das estruturas escolares.

A secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos, vem logo atrás com uma despesa projetada que corresponde a R$ 21,23 milhões. Para os encargos especiais é prevista uma despesa de R$20,19 milhões recursos utilizado para viabilizar, por exemplo, o pagamento de precatórios orçado em R$ 2,7 milhões para 2016.

“O governo municipal está fazendo um esforço muito grande pra fazer muito, mesmo com poucos recursos”Fabiana KellerSecretária da Fazenda

ACIMA DA PREVISãOEm relação a previsão de aplicação legal bruta de impostos na saúde e educação, o município ultrapassa os limites estabelecidos. Para a educação a projeção legal estabelece aplicação de 25%, o que representaria R$ 25,98 milhões, porém, o orçamento de 2016 prevê aplicação de R$ 28,05 milhões e corresponde a 27%. Na saúde,é previsto aplicação de 15%, o valor corresponderia a R$ 15,58 milhões, mas o projetado no orçamento é de R$ 23,90 milhões e representa 23% de aplicação legal.

Foto: Cássia Colla / Folha do Mate Projeto será encaminhado para análise da Câmara de Vereadores
Projeto será encaminhado para análise da Câmara de Vereadores

Fontes de receita

Dentre as fontes de receitas oriundas de tributos municipais o destaque é voltado para a cobrança da Dívida Ativa, cujo percentual de arrecadação apresentou um incremento de 56,73%, reflexo do trabalho de cobrança que tem se intensificado. O ITBI foi o tributo que apresentou queda de -6,25%, reflexo do momento vivido pelo mercado imobiliário. Já o IPTU que representa a maior fonte de arrecadação própria do município teve um incremento de 10,75%, com valor projetado da ordem de R$9,70 milhões. O imposto sobre serviços (ISS) é a segunda maior fonte própria de arrecadação e teve um aumento de 7,55% com uma projeção de R$ 7,4 milhões. 

As maiores fontes de receita do município são os repasses do ICMS e do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). A Administração projeta uma queda de -2,02% do repasse de ICMS em relação a 2015. Estima-se que R$ 41,4 mi seja repassado ao município em 2016. Valor que pode ser modificado ao longo do próximo ano de acordo com o cenário econômico. O FPM, segunda maior parcela do bolo orçamentário, prevê um acréscimo de 9,33% em relação a este ano prevendo R$ 30,07 milhões ao orçamento municipal.