
Dos 4.485 pacientes da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Venâncio Aires em março, apenas 1,5% precisaram ser encaminhados ao Hospital São Sebastião Mártir (HSSM). A taxa de 98,5% de resolutividade é destaque do serviço que, em junho, completa três anos. Entre os motivos que explicam a estatística estão a estrutura com oito leitos de observação, funcionamento 24 horas e disponibilidade de exames no próprio local.
Para o coordenador da UPA, Rodrigo da Silva, a estrutura física se soma à equipe qualificada, formada pelos 35 médicos e 65 profissionais da unidade – todos contratados pelo HSSM, que gerencia a unidade. “é um trabalho que vai desde a recepção e o atendimento da enfermagem até a consulta do médico”, frisa.
Além do atendimento feito pelo médico, pacientes podem receber medicação no próprio local, quando necessário, e permanecer em observação por até 24 horas. Ao todo, são oito leitos: dois pediátricos, um de isolamento, dois femininos e três masculinos. A instituição, que atende pelo Sistema único de Saúde (SUS), também disponibiliza exames laboratoriais de urgência, raio-X e eletrocardiograma.
Quando são necessários outros exames, o paciente é encaminhado ao hospital, assim como quando é preciso a avaliação de um médico especialista ou a internação. Da mesma forma, realizamos encaminhamento para especialistas nas unidades de saúde, para continuidade do tratamento.” Rodrigo da Silva, coordenador da UPA.
Para o coordenador, assim como a UPA é importante por oferecer um serviço intermediário entre as unidades de saúde e o hospital, o trabalho integrado entre as instituições é fundamental para o bom atendimento à comunidade. “A população vê que a UPA tem resolutividade e qualidade no atendimento. Nosso trabalho não teria resultado se não tivéssemos para onde referenciar os pacientes.”
Silva também destaca o aspecto positivo da parceria público-privada, por meio da qual o Município contrata o Hospital São Sebastião Mártir para administrar a unidade. “O fato de o hospital gerir a UPA é primordial para o referenciamento dos pacientes para o HSSM quando é necessário. Muitas cidades têm muita dificuldade nessa questão”, comenta.

Serviço de baixa e média complexidade
Com atendimento de média e baixa complexidade, a UPA é considerada um serviço intermediário, que figura entre os serviços de um posto de saúde e de um hospital. Em torno de 85% dos casos que chegam ao local são pouco urgentes. São situações de virose, gripes e resfriados, em sua maioria, que recebem a classificação com a cor verde e azul.
Os atendimentos de urgência, com classificação amarela, correspondem a até 11% do total, e englobam os pacientes com picos hipertensivos ou de febre. O restante são casos urgentes (vermelhos), que geralmente chegam via ambulância ou Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e são atendidos imediatamente.
O coordenador da UPA, Rodrigo da Silva, lembra a importância de a população procurar os postos de saúde, quando os casos não são urgentes. “Isso já melhorou, mas ainda há muito o que se avançar. Quando conseguirmos focar no serviço intermediário na UPA, também melhoraremos o atendimento no pronto-atendimento do hospital, que poderá ficar disponível apenas para casos mais graves”, argumenta.
Saiba mais
– Com capacidade de atender até 150 pessoas por dia, a UPA atende, por dia, uma média de 146 pacientes.
– Cerca de 20% dos atendimentos são pediátricos.
– O recorde de atendimentos em um dia foi 206, em fevereiro.
– Março, abril e maio são os meses de maior movimento no local.
– Além dos venâncio-airenses, moradores de Mato Leitão, Passo do Sobrado e Vale Verde são atendidos na UPA.