Foto: Juliana Bencke / Folha do MateUnidade completa três anos de funcionamento em junho
Unidade completa três anos de funcionamento em junho

Dos 4.485 pacientes da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Venâncio Aires em março, apenas 1,5% precisaram ser encaminhados ao Hospital São Sebastião Mártir (HSSM). A taxa de 98,5% de resolutividade é destaque do serviço que, em junho, completa três anos. Entre os motivos que explicam a estatística estão a estrutura com oito leitos de observação, funcionamento 24 horas e disponibilidade de exames no próprio local.

Para o coordenador da UPA, Rodrigo da Silva, a estrutura física se soma à equipe qualificada, formada pelos 35 médicos e 65 profissionais da unidade – todos contratados pelo HSSM, que gerencia a unidade. “é um trabalho que vai desde a recepção e o atendimento da enfermagem até a consulta do médico”, frisa. 

Além do atendimento feito pelo médico, pacientes podem receber medicação no próprio local, quando necessário, e permanecer em observação por até 24 horas. Ao todo, são oito leitos: dois pediátricos, um de isolamento, dois femininos e três masculinos. A instituição, que atende pelo Sistema único de Saúde (SUS), também disponibiliza exames laboratoriais de urgência, raio-X e eletrocardiograma. 

Quando são necessários outros exames, o paciente é encaminhado ao hospital, assim como quando é preciso a avaliação de um médico especialista ou a internação. Da mesma forma, realizamos encaminhamento para especialistas nas unidades de saúde, para continuidade do tratamento.” Rodrigo da Silva, coordenador da UPA.

Para o coordenador, assim como a UPA é importante por oferecer um serviço intermediário entre as unidades de saúde e o hospital, o trabalho integrado entre as instituições é fundamental para o bom atendimento à comunidade. “A população vê que a UPA tem resolutividade e qualidade no atendimento. Nosso trabalho não teria resultado se não tivéssemos para onde referenciar os pacientes.”

Silva também destaca o aspecto positivo da parceria público-privada, por meio da qual o Município contrata o Hospital São Sebastião Mártir para administrar a unidade. “O fato de o hospital gerir a UPA é primordial para o referenciamento dos pacientes para o HSSM quando é necessário. Muitas cidades têm muita dificuldade nessa questão”, comenta.

Foto: Juliana Bencke / Folha do MateAlém de 35 médicos, outros 65 profissionais atuam na unidade, que funciona 24 horas por dia
Além de 35 médicos, outros 65 profissionais atuam na unidade, que funciona 24 horas por dia

Serviço de baixa e média complexidade

Com atendimento de média e baixa complexidade, a UPA é considerada um serviço intermediário, que figura entre os serviços de um posto de saúde e de um hospital. Em torno de 85% dos casos que chegam ao local são pouco urgentes. São situações de virose, gripes e resfriados, em sua maioria, que recebem a classificação com a cor verde e azul.

Os atendimentos de urgência, com classificação amarela, correspondem a até 11% do total, e englobam os pacientes com picos hipertensivos ou de febre. O restante são casos urgentes (vermelhos), que geralmente chegam via ambulância ou Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e são atendidos imediatamente.

O coordenador da UPA, Rodrigo da Silva, lembra a importância de a população procurar os postos de saúde, quando os casos não são urgentes. “Isso já melhorou, mas ainda há muito o que se avançar. Quando conseguirmos focar no serviço intermediário na UPA, também melhoraremos o atendimento no pronto-atendimento do hospital, que poderá ficar disponível apenas para casos mais graves”, argumenta.

Saiba mais

– Com capacidade de atender até 150 pessoas por dia, a UPA atende, por dia, uma média de 146 pacientes. 

– Cerca de 20% dos atendimentos são pediátricos.

– O recorde de atendimentos em um dia foi 206, em fevereiro.

– Março, abril e maio são os meses de maior movimento no local. 

– Além dos venâncio-airenses, moradores de Mato Leitão, Passo do Sobrado e Vale Verde são atendidos na UPA.

Juliana Bencke

Editora de Cadernos

Responsável por coordenar as publicações especiais, considera o jornalismo uma ferramenta de desenvolvimento da comunidade.

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