As práticas corretas de manejo do solo reduzem o uso substancial de agrotóxicos e, quando se fala em alimentos, oportunizam uma produção mais limpa, ou seja, livre destes produtos, o que favorece a saúde humana, a animal e a do próprio solo. “Os temas estão interligados e são intrínsecos”, afirma o chefe do escritório municipal da Emater/RS-Ascar e engenheiro agrônomo Vicente João Fin, ao falar sobre a adoção destas práticas.O mau manejo do solo significa diretamente maior necessidade de defensivos agrícolas, pois o manejo e as práticas conservacionistas tendem a mitigar o uso de agrotóxicos. Se um produtor tem adotou as curvas de nível, se ele efetuou o plantio em nível, ele tem menos erosão. “Obviamente, tendo menos erosão e menos perda de fertilidade superficial, se tem um melhor estabelecimento da cultura comercial inicialmente”, observa Fin. Ele acrescenta que isto trará menor incidência de plantas invasoras e também de algumas pragas, pois plantas debilitadas são mais suscetíveis a pragas. Associado a isto, o uso de plantas recuperadoras e de cobertura vegetal que propiciam um posterior manejo, seja por meio de dessecamento, de rolo-faca, além da erosão, reduzem à exposição ao desenvolvimento de pragas e também, do nascimento de invasoras que produzirão e reproduzirão sementes.