Um mapeamento sobre as situações de violência nas escolas será realizado para que os trabalhos da ‘Frente Parlamentar’ possam ser colocados em prática. Na noite de terça-feira, 20, ocorreu o lançamento da iniciativa na Câmara de Vereadores e reuniu professores, vereadores, autoridades, alunos e lideranças escolares.

A ‘Frente Parlamentar’ tem o objetivo de reunir forças políticas, lideranças estudantis, instituições organizadas, professores, poderes públicos e comunidade para formar uma rede de discussão contínua e de atuação prática. De acordo com a vereadora autora da proposta Helena da Rosa (PMDB), após o levantamento nos educandários que envolverá grêmios estudantis, supervisão e direção dos educandários, a meta é inicar no próximo mês palestras e encontros com a rede escolar para discutir formas de prevenir a violência e buscar soluções para o fato.

“Precisamos agir e trazer alternativas para solucionar isso, porque sabemos que a violência está muito presente nas escolas nos dias de hoje. Com vamos realizar esse trabalho, a comunidade irá nos agradecer no futuro.” Conforme Helena, a ideia do projeto surgiu na caminhada da paz que ocorreu no mês de agosto em Venâncio Aires. “Os pais nos cobravam formas para acabar com a violência. O ambiente escolar precisa ser um local de respeito e amizade. Precisa haver mais paciência e compreensão.” A partir daí, surgiu a ideia de propor a ‘Frente Parlamentar’ na Câmara de Vereadores.

A iniciativa é integrada pelos também vereadores Ana Cláudia do Amaral Teixeira (PDT) e José Arnildo Camara (PTB), José Cândido Faleiro Neto (PT) e João Stahl (DEM). O modelo visado para ser aplicado nas escolas é o da Comissão Interna de Prevenção a Acidentes e Violência Escolar (Cipave) que foi apresentado no evento de lançamento na Câmara pela coordenadora estadual, policial civil e professora, Luciane Manfro.

Um modelo: a CipaveO Cipave tem o objetivo de debater assuntos relacionados com a violência e prevenção, trazer os pais para a comunidade escolar e mediar conflito. A observação é da coordenadora Luciane Manfro que apresentou a comissão no evento de terça-feira, 20, à noite. Como ela, além de atuar na área de educação, também trabalha no setor de segurança pública, percebeu que a ‘prevenção é o melhor remédio’.

Após debates, foi criada a comissão que obedece a uma lei estadual de prevenção da violência. “Sabemos que muitas atitudes não corretas vêm de casa. Mas, não podemos abandonar nossas crianças e adolescentes. Não é necessário chamar a polícia para tudo, porque não há problema que não se resolva também com uma boa conversa.” Luciane também apresentou as principais atitudes de desrespeito que há nas salas de aula como uso do celular, violência verbal, ‘bullying’, entre outros.

“A sala de aula precisa ser um ambiente de respeito e consideração”.Helena da Rosa, vereadora e proponente da ‘Frente Parlamentar’